Saúde Escola em Aldeia recebe inspeção e palestra após três casos de meningite Acionada pela direção do colégio, Vigilância Sanitária averiguou a qualidade da água e não identificou nenhuma irregularidade

Por: Patrícia Fonseca - Diario de Pernambuco

Publicado em: 15/06/2016 13:30 Atualizado em: 15/06/2016 16:19

Uma equipe da Vigilância Sanitária de Camaragibe vistoriou, na manhã desta quarta-feira, a escola bilíngue Eccoprime, em Aldeia. A medida foi tomada a pedido da direção da unidade de ensino, após o registro de três casos de meningite entre alunos da unidade de ensino. De acordo com a diretora de Vigilância em Saúde de Camaragibe, Viviane Pina, as crianças, de cinco anos de idade, foram acometidas pela forma viral da doença, menos grave, já receberam alta médica e passarão a ter a evolução acompanhada pela rede de atenção básica do município.

"A vigilância averiguou a qualidade da água e não identificou nenhuma irregularidade. Foram tomadas todas as medidas necessárias", assegurou a diretora, acrescentando que a equipe de Epidemiologia da Diretoria de Vigilância em Saúde de Camaragibe realizou uma palestra esta manhã para alunos, pais e funcionários.

A escola divulgou uma nota sobre o fato: A Eccoprime Bilingual School esclarece que a Vigilância Sanitária de Camaragibe não vistoriou a escola em razão dos casos de meningite viral, como informado na matéria. A visita do órgão foi solicitada pela própria escola, para uma palestra de esclarecimento aos pais e responsáveis do alunos, após a confirmação dos casos da doença. Uma vistoria da Vigilância Sanitária foi realizada meses antes, sem nenhuma relação com os casos. Os três estudantes da Eccoprime que foram acometidos pela forma viral da doença, todas de cinco anos, já receberam alta e estão fora de perigo. Os casos não aconteceram de forma simultânea. Os dois alunos que adoeceram primeiro, inclusive, já receberam alta e retomaram suas atividades. O terceiro aluno também recebeu alta e está sendo acompanhado em casa.

A Eccoprime reforça que, orientada pela Vigilância Sanitária de Camaragibe,  já tomou todas as providências necessárias para a segurança e saúde dos seus alunos. Como a própria Vigilância ressaltou, não há nenhuma irregularidade na escola que tenha relação com a doença. Ressaltamos ainda o nosso apoio às famílias dos alunos que foram acometidos pela enfermidade, e o nosso compromisso em continuar zelando pela saúde e bom desenvolvimento de todos os nossos estudantes.


Histórico - No início de maio, uma menina de seis anos de idade morreu com suspeita de meningite meningocócica. Em nota, a Vigilância Epidemiológica da Secretaria Executiva de Vigilância à Saúde do Recife informou que a paciente, que morava no bairro da Várzea, morreu no Hospital Correia Picanço. A pasta adiantou que as medidas profiláticas foram adotadas pela equipe de vigilância epidemiológica do Distrito Sanitário IV.

Um total de 21 familiares que tiveram contato direto com a criança recebeu quimioprofilaxia, que é a administração de antibiótico, conforme protocolo do Ministério da Saúde. A equipe da vigilância também realizou palestra para os pais, na escola, prestando esclarecimentos sobre as medidas de prevenção e controle da doença, bem como as medidas realizadas pela Secretaria de Saúde.

No dia seis de abril deste ano, um menino de 11 anos morreu com suspeita de meningite pneumocócica no Recife. A criança estava internada na UTI do Hospital Correia Picanço, no bairro da Tamarineira, Zona Norte da cidade. O caso foi confirmado pela Secretaria de Saúde do Recife. A Secretaria Estadual de Saúde (SES) acrescentou que o paciente foi encaminhado de um hospital privado, já em estado grave, para a UTI da unidade da rede pública.

O secretário de saúde do Recife, Jailson Correia, garantiu na época que não havia motivo para pânico: "O tipo de bactéria suspeita não tem uma alta taxa de transmissão de  pessoa a pessoa, mas surge geralmente quando uma infecção, como de ouvido, não é tratada corretamente".

O secretário também afirma que a vacina para a doença está disponível na rede pública. "Desde 2010 é oferecida para crianças abaixo de dois anos na rede pública. É compreensível a preocupação, mas é necessário serenidade. É lógico que temos que chamar a atenção para o surgimento dos sintomas: manchas no corpo, que não desaparecem quando apertam, dor, tosse...nesses casos, é necessário procurar os serviços de saúde", afirmou Correia, em entrevista à TV Clube.

 



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