Diario de Pernambuco
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Meus seis réveillons fora do Recife

João Alberto Martins Sobral
Jornalista

Publicado em: 31/12/2021 03:00 Atualizado em: 30/12/2021 22:08

Tive a felicidade de participar de famosos  réveillons em várias partes do mundo. Todos marcados por muita beleza e alegria. Vou lembrar deles.

Nova York: É o maior réveillon do mundo, onde estive três vezes, sempre com a preocupação básica de ficar num hotel perto da Times Square, uma das áreas mais famosas da cidade. É lá que acontece a festa sempre mostrada para o mundo inteiro pela televisão. A animação começa ao meio-dia, quando o trânsito fica proibido. Como na cidade é proibido consumir bebidas alcoólicas na rua, usam o jeitinho, enrolando as garrafas nos sacos de papel das lanchonetes da área. A cerimônia, que acontece desde 1907, dura exatos 10 segundos, tempo da bola iluminada de cinco toneladas cair do alto do edifício “One Times Square”. Termina exatamente à meia-noite, anunciando o novo ano e provocando muita confraternização. Logo depois, a multidão de mais de um milhão de pessoas se dispersa, em poucos minutos as ruas ficam vazias, começa a dura disputa para conseguir um táxi. Muitas festas acontecem depois, em hotéis e restaurantes, mas para poucos, custam caro. Convidado por Glorinha Aguiar estive num grupo numa festa no Hotel Millenium. Bela decoração. muita bebida, muita comida, mas pouca animação.

Paris:  Conhecida como a Cidade Luz, Paris ganha uma bela iluminação nos seus principais pontos turísticos. Convidado pela Air France, cheguei na véspera, com direito a um show no Lido, com quadros lembrando o Ano Novo. Em torno das 21h, fui a pé do hotel para a esplanada da Praça do Trocadero, com uma visão privilegiada da Torre Eiffel. Lá acontece um espetáculo glamouroso, inesquecível, com a contagem regressiva acompanhada pela multidão e um bonito show pirotécnico. Com o guia tive uma informação curioso: os franceses não têm o hábito de usar branco na passagem do ano, quando acontece, com certeza, o maior consumo de champagne do ano, francesa, é claro. Segredo para enfrentar o frio de zero grau, junto com um grosso casaco. Uma opção, caríssima, é ver o espetáculo num barco no Rio Sena, em meio a sofisticado jantar. Quem esteve no Ano Novo de Paris por muitos anos foi Armando Monteiro Neto, com Mônica.

Lisboa: A grande comemoração do Ano Novo em Lisboa é na Praça do Comércio, que sempre tem uma bela decoração. Sua árvore de Natal é famosa. Como no Brasil, é tradição a maioria das pessoas estarem de branco. Um lindo show pirotécnico acontece no Rio Tejo e muita confraternização, especialmente nos restaurantes da área, que oferecem ceias especiais. Depois, acontece um evento tradicional, o Baile da Virada, animadíssimo, no Pátio da Galé, Igualmente às margens do Rio Tejo. Nos anos recentes, outra grande festa de Ano Novo acontece no Parque das Nações, o espaço moderno da cidade, construído para a Exposição Mundial de 1998.

Rio de Janeiro: Com um grupo de amigos participei de um cruzeiro para assistir a um dos mais belos réveillons do mundo, o do Rio de Janeiro. Em torno das 23h do dia 31, começou um completíssimo buffet. Perto da meia-noite, todo mundo foi para o lado direito do navio, com visão  para a praia de Copacabana. O comandante me garantiu que não havia perigo, com todo mundo do mesmo lado do navio. A visão do show pirotécnico é simplesmente deslumbrante, dura 18 minutos. Por curiosidade, podíamos ver também show de fogos em outra área da cidade, feita, segundo se comentou, por traficantes. Desta viagem, me veio uma lembrança, poucos dias depois da morte de um amigo querido, Joezil Barros. Ele integrava o grupo, mas, ainda no porto do Rio,  teve uma crise de gota e foi obrigado a trocar o navio por um hospital, onde passou o Ano Novo.

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