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ESTUDO

Pesquisa destaca a resistência de mulheres sob regimes de opressão

Projeto 'Com-dor, mas sem medo: mulheres, memória, performance e política' é conduzido pelas artistas e pesquisadoras pernambucanas Silvia Góes e Roberta Ramos

Publicado em: 07/05/2025 12:05 | Atualizado em: 07/05/2025 12:26

 (Foto: Divulgação)
Foto: Divulgação
O projeto "Com-dor, mas sem medo: mulheres, memória, performance e política", das artistas Silvia Góes e Roberta Ramos, investiga as vivências de mulheres pernambucanas que enfrentaram os efeitos das ditaduras civis-militares na América do Sul, com foco na década de 1970. A pesquisa, que ocorre entre os meses de maio e junho, inclui rodas de conversa, oficinas presenciais e online no Recife, Goiana, Caruaru e Afogados da Ingazeira, culminando em uma apresentação pública com registros audiovisuais.

As pesquisadoras, nascidas em 1975 – ano marcado pelo início da Operação Condor e pela ascensão de movimentos feministas –, buscam conectar histórias pessoais às lutas coletivas. O projeto utiliza metodologias como biodrama, teatro documental e improvisação para criar uma narrativa sensível sobre resistência, com orientação do diretor Rodrigo Dourado e articulação regional da historiadora Karuna de Paula.

A Operação Condor, aliança repressiva entre EUA e ditaduras sul-americanas, deixou milhares de vítimas, incluindo artistas, professores e militantes. O trabalho das pesquisadoras revisita esse período através de uma perspectiva feminista, destacando como o corpo e a performance podem ser ferramentas de denúncia e resgate histórico.

Silvia Góes e Roberta Ramos trazem trajetórias artísticas engajadas: sILVIA explora a relação entre biografia e política em performances como "OSSevaO", enquanto Roberta investiga danças emancipatórias em trabalhos como "Brasilologia". O projeto integra ainda colaborações locais, como a produtora Ane Rôse (Goiana) e a facilitadora Uilma Queiroz (Sertão).

Interessadas podem participar gratuitamente até junho, com inscrições pelo e-mail com.dor.mas.sem.medo@gmail.com. O resultado final será um registro audiovisual que une memórias individuais e coletivas, reforçando a arte como forma de resistência e cura.

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