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Cinema Lego Ninjago fica abaixo dos filmes anteriores baseados nos famosos blocos de montar Irregular no humor, nova produção tenta se apoiar no carisma dos personagens mas peca no roteiro

Por: Breno Pessoa

Publicado em: 28/09/2017 19:59 Atualizado em: 28/09/2017 20:50

Ninjago é a primeira animação feita para os cinemas com inspiração em uma linha de brinquedos Lego. Foto: Warner Bros./Divulgação
Ninjago é a primeira animação feita para os cinemas com inspiração em uma linha de brinquedos Lego. Foto: Warner Bros./Divulgação

Hoje provavelmente mais rentáveis em séries animadas, videogames e outros produtos do que no próprio formato original, os bloquinhos de montar vêm conquistando espaço no cinema nos últimos anos. Lego Ninjago: o filme, terceira incursão da marca na tela grande é o primeiro filme a adaptar uma linha específica de brinquedos do fabricante.

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A primeira animação, Uma aventura Lego (2014), ofereceu uma divertida mistura de personagens da companhia, enquanto o segundo filme, Lego Batman (2017), se detinha sobretudo no ambiente do super-herói transposto para as peças de encaixar. Cheios de humor, ambos os filmes tinham entre seus pontos altos a mescla de figuras de franquias variadas na versão em bloquinhos, de Harry Potter e Liga da justiça a Doctor Who.

Mais contido, o ambiente de Ninjago não tem as mesmas referências pop que renderam bons momentos nos outros títulos. Significativa também foi a perda do caráter autoirônico que marcou Uma aventura e Batman. Ao contrário dos antecessores, Ninjago tenta trazer certa seriedade para a trama logo no início do filme. Em tela, o ator Jackie Chan conversa com um garoto e conta a história do adolescente Lloyd, um inseguro aprendiz de ninja. A narrativa contada pelo ator se desenvolve no cenário de Lego e tem no herói uma espécie de Daniel San feito de bloquinhos.

A aventura, no entanto, segue sem o charme de Karate Kid nem o humor amalucado dos demais filmes de Lego. A ideia de apresentar a trama apenas como fruto da imaginação do personagem de Chan para formular uma espécie de parábola sobre confiança e companheirismo não deixa de ter valor. Mas restringe aquele universo vivo e multicolorido a pano de fundo para contar uma história com pretensões edificantes, mas que não se sai muito bem nessa tarefa nem na de proporcionar, simplesmente, diversão. Fica no meio do caminho.



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