REINO UNIDO
Reino Unido assinala o 80º aniversário do Dia da Vitória na Segunda Guerra Mundial
As comemorações começaram três dias antes da data oficial do término da Segunda Guerra MundialPublicado em: 05/05/2025 20:40
![]() |
As comemorações do Dia da Vitória começaram no Reino Unido (foto: ADRIAN DENNIS/AFP ) |
O Reino Unido deu início a quatro dias de pompa e circunstância nesta segunda-feira (5), para assinalar o 80º aniversário do Dia da Vitória, na Segunda Guerra Mundial. As tropas britânicas, ucranianas e dos aliados da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) marcharam juntas, com a presença do Rei Charles saudando o cortejo.
As comemorações do feriado do Dia da Vitória começaram no Reino Unido, três dias antes da data oficial do término. Milhares de pessoas tomaram as ruas de Londres, ao redor da Praça do Parlamento e do Palácio de Buckingham enquanto as tropas britânicas e aliadas desfilavam para celebrar o 80º aniversário do fim da Segunda Guerra Mundial na Europa.
Também durante o evento, o Big Ben tocou ao meio-dia do horário local e o ator Timothy Spall recitou o discurso que o então primeiro-ministro britânico, Winston Churchill, fez para uma multidão em 1945.
O Cenotáfio, o memorial nacional de guerra dos mortos nas guerras mundiais, foi coberto com a bandeira nacional do Reino Unido, o que aconteceu pela primeira vez desde que foi inaugurado pelo Rei George V em 1920, dois anos após o fim da Primeira Guerra Mundial.
Enquanto isso, o primeiro-ministro da Polônia, Donald Tusk, que participou nas celebrações do Dia da Libertação juntamente com o primeiro-ministro da Holanda, Dick Schoof, num comício em Wageningen, ocorreu um incidente quando os dois dirigentes subiram no palco. Um artefato explosivo voou em direção a Tusk, mas a segurança do ministro polonês reagiu rapidamente. Segundo a mídia holandesa, o autor do ataque foi rapidamente detido.
Em seu discurso, Tusk fez alusão à situação atual na Europa. "Vivemos num tempo e num lugar em que a questão da defesa e a eficiência do exército assumiram um papel fundamental. Tal como há oitenta anos. Diante das ameaças que já não são abstratas, a comunidade do Ocidente, em termos de segurança e de cooperação militar, é hoje a mais importante", declarou.
O primeiro-ministro da Holanda recebeu também um desfile em que participaram soldados poloneses da 11ª Divisão de Cavalaria Blindada de Lubuska, em homenagem ao Rei Jan III Sobieski, e da 6ª Brigada Aerotransportada, em homenagem ao General Stanislaw Sosabowski, da Cracóvia.
Mas, no evento anual em Wageningen, que marca o fim da ocupação nazista nos Países Baixos em 1945 e é uma data importante no calendário nacional holandês, também teve manifestações pró-Palestina. Os protestos interromperam um discurso do ministro da Defesa dos Países Baixos, Ruben Brekelmans, que gritaram "Libertem a Palestina" e outras palavras de ordem pró-Palestina. "Digo isto às pessoas que acabamos de ver aqui, se agarrem firmemente umas às outras e não se deixem colocar umas contra as outras, é isso que todos temos de fazer", disse Brekelmans em resposta aos manifestantes.
Já Brekelmans ressaltou o papel da OTAN e da União Europeia na garantia da paz, se referindo ainda que pela primeira vez, soldados alemães marcharam na parada. O ministro avisou sobre a necessidade de evitar a complacência, afirmando que as ameaças surgem frequentemente de modo silencioso