![Raquel Lyra falou sobre chacina (Foto: Arquivo) Raquel Lyra falou sobre chacina (Foto: Arquivo)]() |
Raquel Lyra falou sobre chacina (Foto: Arquivo) |
A governadora de Pernambuco, Raquel Lyra (PSDB) se pronunciou sobre a chacina com seis mortos da mesma família.
Em entrevista à TV Globo, nesta terça (18), horas de pois do crime, registrado no Sítio Pitanga 2, em Abreu e Lima, no Grande Recife, ela prestou solidariedade aos parentes das vítimas.
"Primeiro, eu quero lamentar e me solidarizar às famílias das pessoas que perderam os seus entes”, declarou.
Anda segundo a gestora estadual, “desde o primeiro momento, a Polícia Científica, o Instituto de Criminalística e a Polícia Civil já recolheram todos os elementos de prova e já estão com as linhas de investigação postas a partir dos fatos que foram narrados e das provas que foram identificadas no local".
As vítimas
Horas depois da chacina de Chã de Cruz, começaram a surgir informações sobre as seis vítimas.
São dois grupos de irmãos: um deles é composto por uma dupla.
Há também outro grupo de quatro jovens que são irmãos.
Os integrantes dos dois grupos são primos. Eles estavam dormindo na casa invadida pelos criminosos.
Por meio de nota, a Polícia Civil disse que um deles é um adolescente de 16 anos.
Segundo informações extraoficiais, o nome do garoto é Cauã Bernardo da Silva. O irmão dele é Mikael Manekison Bernardo da Silva, 18 anos.
As demais vítimas foram identificadas como os irmãos Lucas José de Oliveira da Silva, de 27 anos; João Victor José de Oliveira Silva, 20 anos; Felipe José de Oliveira da Silva, 23 anos e Henrique José Oliveira da Silva, 29 anos.
A polícia trabalha com algumas linhas de investigação.
Há suspeita de que eles seriam usuários de drogas e teriam envolvimento com roubos e homicídios.
Ainda na nota, a Polícia Civil disse que iniciou as investigações para identificar a autoria da chacina.
“Equipes do Instituto de Criminalística recolheram diversos elementos balísticos e outros materiais que serão analisados para auxiliar na elucidação dos fatos”, afirmou a polícia.
A Polícia Militar de Pernambuco disse que foi acionada para uma ocorrência, no Sítio Pitanga. Após a ação criminosa, os suspeitos fugiram.
A Secretaria de Defesa Social informou que “reitera o compromisso com a segurança pública e reforça que dispõe de serviço próprio para denúncia anônima, por meio de sua Ouvidoria, através dos números 181 ou 0800.081.5001”.
O cidadão pode repassar informações, não só desta ocorrência, mas sobre quaisquer crimes, que serão apurados pelos órgãos policiais competentes.
A ligação é gratuita, pode ser feita de qualquer município do Estado, o número não é identificado e o sigilo absoluto é garantido.
Como foi o crime
O crime ocorreu por volta das 3h12 dentro de uma residência no Sítio Pitanga.
De acordo com informações preliminares, ao menos 10 homens encapuzados participaram da chacina.
Testemunhas relataram que os criminosos se identificaram como policiais, embora alguns estivessem de chinelos.
Há informações de que os quatro irmãos estavam na região temporariamente, vindos de São Lourenço da Mata, no Grande Recife.
Eles foram passar uma temporada na casa da tia, mãe dos outros dois irmãos, também assassinados.
Essa mulher estava na casa onde aconteceu a chacina, mas não sofreu nenhuma lesão.
Segundo relatos, o grupo armado teria invadido a residência à procura de um homem chamado Lucas. Esse nome consta na relação de mortos.
Antes da execução, os criminosos, que chegaram em cinco motos, bateram à porta.
A mulher só abriu quando eles gritaram: "é polícia, é polícia". Foi nesse momento, que aconteceu a invasão da residência.
Ao encontrarem as vítimas, abriram fogo e, após os assassinatos, fugiram do local de moto, com destino provável à área de Aldeia.
Os criminosos usaram armas de calibres diferentes; 9 milímetros, ponto 40 e 380.
Liberação dos corpos
Por volta das 7h desta terça-feira, dois carros do IML foram acionados para recolher os corpos em Abreu e Lima, na Região Metropolitana do Recife. Até o início da tarde, familiares das vítimas ainda não tinham realizado o processo de liberação dos cadáveres.