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Entidades pedem que Governo do Estado assine decreto de criação de reserva extrativista do Rio Formoso

Publicado em: 22/03/2022 11:43

 (Foto: Enrico Marone/Divulgação )
Foto: Enrico Marone/Divulgação
Entidades ligadas à pesca lançaram uma campanha, no Dia Mundial da Água, celebrado nesta terça-feira (22), em defesa do território pesqueiro no Litoral sul de Pernambuco. Lideradas pelo Conselho Pastoral dos Pescadores (CPP-NE2), as organizações pedem ao governo do estado que assine o decreto de criação de uma reserva extrativista estadual no complexo estuarino do Rio Formoso. 

De acordo com o Conselho, o local conta com 2.615,91 hectares de manguezal e está na confluência de três rios  -  Formoso, Passos e Ariquindá -, onde 2.492 famílias, entre elas 80 de quilombolas, vivem da pesca.

O CPP-NE2 informou que protocolou junto à Secretaria de Sustentabilidade de Pernambuco, em 2021, no Dia Internacional para a Conservação do Manguezal (26 de julho), o pedido de criação da Reserva Extrativista Estadual do Rio Formoso. 

Ainda de acordo com o Conselho, foram anexados ao pedido de criação da Resex do Rio Formoso os resultados dos estudos técnicos e fundiários necessários para a criação de uma Resex. O projeto, segundo o CPP, aguarda apenas a assinatura do governador Paulo Câmara. 

"A área está na mira de grandes empresas do setor hoteleiro e de turismo em geral que desejam explorar os recursos naturais, o tráfego marítimo e a força de trabalho local. Com a conquista da Resex, as comunidades tradicionais poderão desenvolver suas próprias práticas de turismo ecológico de base comunitária, com suporte das instituições de pesquisa e movimentos sociais, fortalecendo a economia local, sem eliminar o modo de vida ancestral que persiste nesses rios", afirma Severino Santos, representante do CPP-NE2.

O complexo estuarino do Rio Formoso é também considerado um santuário dos meros pelo Zoneamento Ambiental e Territorial das Atividades Náuticas. Essa espécie de peixe, ameaçada de extinção, desenvolve parte do seu ciclo de vida no estuário, que se reproduzem no mar, mas as larvas são transportadas pelas correntes para o manguezal.

"A criação da Resex será mais um instrumento de proteção do mero, uma vez que os pescadores locais são parte das ações em prol da conservação da espécie desenvolvidas pelo Instituto Meros do Brasil em parceria com o Programa Ecológico de Longa Duração Tamandaré Sustentável (Peld-Tams), o Instituto Recifes Costeiros, o Cepene-ICMBio, entre outras instituições parceiras", afirmou o CPP-NE2, em nota. 





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