TRABALHO

Médicos do Recife encerram greve

Os serviços eletivos, ambulatórios, as equipes de Estratégia de Saúde da Família e os Centros de Atendimentos Psicossocial (CAPs) retomam os atendimentos, normalmente, nesta terça

Publicado em: 22/01/2018 19:41

Os médicos do Recife decidiram encerrar a greve iniciada na semana passada. O movimento paredista denunciou problemas enfrentados pelos profissionais, como a falta de medicamentos e insumos básicos, o descuido da gestão com a estrutura física e a segurança das unidades de saúde, além de reivindicar reajuste salarial. Os serviços eletivos, ambulatórios, as equipes de Estratégia de Saúde da Família e os Centros de Atendimentos Psicossocial (CAPs) voltam à normalidade nesta terça.

Na tarde desta segunda, uma assembleia da categoria colocou fim à paralisação. Os médicos avaliaram e acataram a proposta apresentada pela Prefeitura do Recife, na última sexta. "O resultado da proposta apresentada foi satisfatória. Mas é preciso destacar a união e mobilização da categoria. Mais de 90% dos médicos aderiram ao movimento de greve. Restabelecemos um diálogo que tinha sido interrompido por um pequeno período de tempo, com a gestão municipal.  Agora, voltamos a dialogar e, sem dúvida, houve avanços em vários pontos de nossa pauta de reivindicações", disse o presidente do Sindicato dos Médicos de Pernambuco, Tadeu Calheiros.

O acordo feito com a Prefeitura do Recife inclui melhorias na iluminação interna e externa das unidades de saúde, aumento de videomonitoramento, a designação de uma viatura por distrito (8 viaturas) para rondas especificas nas unidades de saúde 24h. Sobre a estrutura dos hospitais, a Saúde se comprometeu a requalificar 18 Unidades de Saúde da Família (USF) e construir cinco novos postos de atendimento. Também haverá nomeação imediata de 50 médicos para a rede de saúde, realização de novo concurso público para posterior convocação e nomeação de um coordenador técnico/médico por distrito. A gestão municipal ainda assumiu o compromisso de manter o abastecimento de medicamentos e insumos de forma adequada.

A proposta salarial da gestão municipal foi de 2% em janeiro, mais 2% em julho e nova negociação no mês de agosto, além de incorporação da gratificação de plantão, bem como a devolução integral de todos os descontos praticados durante as paralisações dos médicos. A categoria acrescentou na proposta a necessidade de inclusão de mais algumas unidades de saúde e CAPs na lista prioritária de reformas e solicitou, ainda, a formação de uma mesa com a Secretaria de Saúde para acompanhamento mensal da efetivação das propostas, assim como de novas ações para a rede municipal de saúde.
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