Bombeiros Peixe-boi é resgatado após encalhar no bairro de São José

Por: Osnaldo Moraes

Publicado em: 14/06/2016 23:04 Atualizado em:

Aproximadamente às 21 horas bombeiros conseguiram liberar o peixe-boi que ficou preso na lama de um braço de rio Capibaribe que corta o bairro de São José. O resgate mobilizou crianças, adolescentes, jovens e adultos que se revezavam em observar de cima da ponte, entrar no rio para tentar ajudar e fazer ligações para bombeiros, Ibama e o Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Aquáticos (CMA) desde as 15h. Era o caso da estudante Natália Ferreira, 20 anos, que se mostrava aliviada, que se acostumou a pensar no animal como sendo do sexo feminino. “É tão grande que imaginei que podia esperando um filhote”, disse.

O mamífero teria sido avistado inicialmente por crianças que moram na Rua Dormentos, que liga a Avenida Sul à Rua da Paz/Rua Imperial e é conhecida como Rua Realeza. Moradora da área há vinte anos, Natália Ferreira disse que já havia visto alguns peixes-boi na área, mas nunca tão grande. Depois de ter feito várias visitas ao CMA, acabou repassando conhecimentos para quem tentava ajudar mas ameaçava machucar o animal. “Queriam amarrar ele, mas disse que não podia”, lembrou, aproximadamente às 18h, quando chegaram os primeiros bombeiros.

“Ligamos muito. Os bombeiros disseram que não era com eles, que ligássemos para o Centro (CMA), mas os telefones (3544-1056 e 3544-1835) não existem”, preocupava-se Natália Ferreira. “Os telefones (informados no sítio do CMA, www.icmbio.gov.br/cma) parecem desnecessários”, desabafou. Dois dos bombeiros que chegaram primeiro entraram na água para avaliar a situação e acabaram solicitando apoio de quatro mergulhadores que chegaram depois. Outra viatura levou um bote, e, juntos, utilizando capim como atrativo, conseguiram conduzir o peixe-boi por baixo da ponte do Metrorec, de onde ele poderia alcançar a bacia do Pina.

Também preocupavam Natália Ferreira o grau de poluição da água do braço do rio e a perspectiva de que tentasse fazer o percurso sozinho, porque há muito ferro e detritos de construção sob as pontes que poderiam causar ferimentos. Bombeiros confirmaram que a água da área é muito turva. A estudante disse que não foi identificado nenhum marcador. “Ela parecia estar bem”, disse, após ter acompanhado a operação.

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