24 a 26 de junho Recife sedia I Encontro Nacional de Coletivos e Ativistas Antiproibicionistas Encaa mobiliza ativistas do país inteiro e Marcha da Maconha marca encerramento no dia 26 de junho

Publicado em: 24/05/2016 14:45 Atualizado em: 24/05/2016 14:46

Encontro é provomido pela Rede Nacional de Coletivos e Ativistas Antiproibicionistas (Renca), que reúne cerca de 12 estados. Foto: Wagner Oliveira/DP
Encontro é provomido pela Rede Nacional de Coletivos e Ativistas Antiproibicionistas (Renca), que reúne cerca de 12 estados. Foto: Wagner Oliveira/DP

De 24 a 27 de junho o Recife recebe o I Encontro Nacional de Coletivos e Ativistas Antiproibicionistas (Encaa) que vai reunir, pela primeira vez, coletivos de vários estados. O objetivo é trocar experiências e debater a reforma da política de drogas no Brasil, articulando e fortalecendo uma rede antiproibicionista nacional.

O encontro, que acontece na Universidade Federal de Pernambuco, é realizado pela Rede Nacional de Coletivos e Ativistas Antiproibicionistas (Renca), que reúne cerca de 12 coletivos, além de ativistas, profissionais liberais, pesquisadores, cientistas e usuários de drogas. “A causa antiproibicionista pertence a todas/os, já que a legalização de todas as drogas não será apenas para garantir os direitos dos/as usuários e usuárias em usarem seus próprios corpos, mas principalmente para diminuir a violência, a corrupção, o encarceramento em massa e o genocídio do povo negro, pobre e jovem que assola nosso país”, explica o convite para o evento, publicado no Facebook

Membro do Coletivo Antiproibicionista de Pernambuco, Ingrid Farias explica que foi o histórico de mobilização que trouxe o evento para o estado. “Essa mobilização é histórica no debate da política de drogas pautado pelas políticas públicas, mas também na pauta do cuidado, da redução de danos, da política de atenção. Tem um acúmulo no debate da reforma das políticas de drogas e não só a polícia social, das marchas, dos coletivos, mas também na gestão, na forma de fazer as políticas públicas”, explicou. 

Marcha da Maconha sairá do Derby e contará com presença de ativistas de outros estados. Foto: Annaclarice Almeida/DP
Marcha da Maconha sairá do Derby e contará com presença de ativistas de outros estados. Foto: Annaclarice Almeida/DP


A proposta é colocar os membros dos coletivos e ativistas frente a frente, no mesmo espaço, para trocar experiências, entender o contexto da luta antiproibicionista em cada estado, suas dificuldades e, a partir daí, pensar pontos em comum, alternativas para o fortalecimento da interligação dessa rede, nacionalmente. “Vamos pensar com incidir na disputa da sociedade pela reforma da política de drogas e também criar uma metodologia nacional, uma forma de se reunir e se encontrar, criar esse método e aplicá-lo e pensar ferramentas como a Marcha da Maconha, audiências públicas e também uma incidência nas políticas sociais, para que possamos não só fortalecer os coletivos, mas toda a luta antiproibicionista na sociedade.” 

Marcha da Maconha do Recife 2016
O dia 26, último dia do Encaa, é também o dia da edição 2016 da Marcha da Maconha do Recife, que este anos erá unificada, em função da presença de ativistas e coletivos de outros estados. O evento, marcado para 16h20, se concentrará na Praça do Derby, na área central do Recife. O percurso ainda não foi divulgado. 

Vaquinha virtual
Uma vaquinha virtual foi criada pela Rede Nacional de Coletivos e Ativistas Antiproibicionistas (Renca) para a realização do I Encaa. Quem quiser colaborar com a organização do evento pode contribuir aqui




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