Mosquito Em falta no Nordeste, Pernambuco vai receber 40 toneladas de larvicida Em agosto, estado não recebeu do Ministério da Saúde (MS) o repasse referente aos meses de setembro e outubro

Publicado em: 07/12/2015 14:48 Atualizado em: 07/12/2015 16:20

Além da dengue e da chikungunya, o Aedes transmite o vírus zika, apontado como o responsável pelo avanço da microcefalia no país, principalmente no Nordeste. Foto: AFP Photo
Além da dengue e da chikungunya, o Aedes transmite o vírus zika, apontado como o responsável pelo avanço da microcefalia no país, principalmente no Nordeste. Foto: AFP Photo

Atualmente, Pernambuco não sofre a falta de larvicida para combater o mosquito Aedes aegypti. Em agosto, no entanto, o estado não recebeu do Ministério da Saúde (MS) o repasse referente aos meses de setembro e outubro. De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde (SES), o envio foi normalizado em novembro. Agora, a expectativa da SES é receber uma nova remessa até o final de dezembro. A secretaria recebe do ministério um total de 3,5 mil kg de larvicida a cada ciclo de dois meses.

Em outros estados do Nordeste como Rio Grande do Norte, Sergipe e Paraíba, o produto chegou a faltar por quatro meses. Também houve racionamento de larvicida no Ceará, Piauí, Bahia e Alagoas. O produto é aplicado pelos agentes nas casas para eliminar potenciais criadouros do mosquito.

Além da dengue e da chikungunya, o Aedes transmite o vírus zika, apontado como o responsável pelo avanço da microcefalia no país, principalmente no Nordeste. Em 14 estados, 1.248 recém-nascidos foram diagnosticados com suspeita de má-formação do cérebro. O Nordeste concentra 90% dos registros, e quatro estados decretaram emergência.

Em Natal, capital do Rio Grande do Norte, o problema é agravado com a greve dos agentes de controle de vetores que dura um mês. A prefeitura entrou na Justiça a para suspender a paralisação.

O Ministério da Saúde informou ter enviado no mês passado 20 toneladas de larvicida aos estados e prometeu repassar o dobro em janeiro, recomendando o uso do produto "como último recurso na eliminação de focos", quando não se pode limpar ou remover os criadouros. O órgão também orienta os estados a checarem se as prefeituras estão fazendo uso correto do larvicida.



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