Operação
Polícia Civil detalha esquema de rachadinhas no Cabo de Santo Agostinho
Por: Diario de Pernambuco
Publicado em: 30/07/2020 17:20
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Divulgação |
Em coletiva de imprensa nesta quinta-feira (30), a Polícia Civil de Pernambuco (PCPE) divulgou detalhes da operação Rateio II, desencadeada com o intuito de desarticutilar uma organização criminosa envolvdida com os crimes de peculato, falsidade documental e frustação de direito trabalhista. Os três mandatos de prisão preventiva estão sendo cumpridos no município do Capo de Santo Agostinho, no Grande Recife.
A Operação Rateio II é a 33ª Operação de Repressão Qualificada do ano e está vinculada à Diretoria Integrada Especializada (Diresp), sob o comando da delegada Isabela Porpino, adjunta da 1ª Delegacia de Combate à Corrupção - 1ª Decor), do Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Draco).
As investigações iniciaram em junho de 2019. Na execução, estão sendo empregados 20 policiais civis. As investigações foram assessoradas pela Diretoria de Inteligência da Polícia Civil de Pernambuco (Dintel).
Segundo a delegada, o motivo das três prisões preventivas acontecidas nesta quarta-feira, foi impedir a intimidação de testemunhas. "O poder judiciário havia determinado que essas pessoas não podiam ter nenhum tipo de contato, seja direto ou indireto, com testemunhas e isso foi violado. De forma a intimidar essas pessoas para não falar", esclareceu.
Ainda segundo Isabela Porpino, o esquema funcionava dentro da casa legislativa. "O assessor tão logo entrava no gabinete, já tinha submetido ao esquema da rachadinha. Então ele sacava o seu salário no banco e entregava o salário integralmente ao parlamentar. O qual, pegava a parte que leha cabia e entregava a pate que leh convinha ao assessor"
Os funcionários que participaram do esquema de rachadinhas, mas não são os mandantes, também podem ser penalizados. "configura crime de peculato, previsto no código penal. Encerradas as investigações, eles serão indiciados posteriormente. Cabe ao Ministério Público promover a denúncia e ao poder judiciário aceitar ou não essa denúncia. Posteriormente haverá um processo, onde ele terá todo o direito de defesa e ao contraditório, e só então, ao final, a aplicação da pena", concluiu a delegada Isabela.
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