Craques e bandidos
Aldo Paes Barreto
Jornalista
Publicado em: 14/03/2025 03:00 Atualizado em: 13/03/2025 22:18
Recordar é viver? Nem tanto. Mas é sempre bom ler as lembranças que os memorialistas Lenivaldo Aragão, Lucídio Oliveira, Edgar Matos, Ival Saldanha - trazem nos preciosos textos que escrevem nas redes sociais. Evocações de uma época quando o futebol embalava os sonhos dos meninos que éramos. Para se tornar realidade, bastava um terreno de terra batida, área sem serventia e uma bola. De couro, com pito e cordões grosseiros; ou de saltadora bola de borracha e até feita com meias velhas. Não importava.
O jogo da bola disputava o encantamento das nossas gerações com o cinema. Mas o futebol era único. Não tinha segunda sessão. Só a arte, a coragem, a bravura, a magia dos clubes de nossas preferências e das jogadas magistrais dos nossos ídolos, que chegavam pelos noticiários dos jornais, revistas esportivas ou pelos telejornais nos cinemas e eram discutidas nas conversas das esquinas. Lá pelos anos 1950, Pernambuco era nascedouro de garotos habilidosos, formados em improvisados campinhos, quintais seculares cheios de mangueiras, sapotizeiros driblados com a mesma ginga que usávamos para nos livrar dos adversários.
Famílias numerosas, irmãos quase da mesma idade. As ruas próximas, os intervalos nas aulas eram nossas áreas de lazer, nosso entretimento, berço de amizades duradouras. Famílias inteiras se destacava. Os irmãos Manga, Alemão, Dedé, Manguito, pelo Sport. Os olindenses Zeca, China, Mituca brilharam em vários clubes. No Santa Cruz, Orlando, Tará, isaac. No Náutico, os históricos irmãos Carvalheira; depois, Nado, Bita; Os principais clubes consagravam os jovens atletas crescidos e criados aqui mesmo. De outros estados, um ou dois. Alguns ficaram definitivamente, como o vitorioso Ivan Biondi, um exemplo de gente e de craque.
Quem se destacava saia em busca de melhores condições financeiras. Não foram poucos. Vários chegaram à Seleção Brasileira e se consagraram como campeões mundiais. Lá pelos anos 190/1970, o Santa Cruz, treinado por Valdomiro Silva, ficou conhecido como abastecedor de craques para o futebol de São Paulo.
O gloriosos Sport Clube do Recife atingiu uma marca como formador de craques, difícil de ser igualada até pelos grandes nacionais, mesmo nos dias atuais com tantos investimentos nos garotos em formação. Nos Jogos Olímpicos de Helsinque, em 1952, a Seleção Brasileira de Futebol contava com três atletas pernambucanos todos oriundos das bases do Sport: Adésio, centromédio; Vavá, futuro bicampeão mundial e Ilo Caldas, o atacante pernambucanos que, infelizmente, não prosperou abatido por séria contusão no joelho. Formados pelo Sport eram orgulhos de todos nós.
Na contramão da vergonha que sentimos hoje por nos nivelar à bandidagem das chamadas torcidas organizadas. Não. Não torcemos pelo mesmo time, nem temos o mesmo ideal.
O jogo da bola disputava o encantamento das nossas gerações com o cinema. Mas o futebol era único. Não tinha segunda sessão. Só a arte, a coragem, a bravura, a magia dos clubes de nossas preferências e das jogadas magistrais dos nossos ídolos, que chegavam pelos noticiários dos jornais, revistas esportivas ou pelos telejornais nos cinemas e eram discutidas nas conversas das esquinas. Lá pelos anos 1950, Pernambuco era nascedouro de garotos habilidosos, formados em improvisados campinhos, quintais seculares cheios de mangueiras, sapotizeiros driblados com a mesma ginga que usávamos para nos livrar dos adversários.
Famílias numerosas, irmãos quase da mesma idade. As ruas próximas, os intervalos nas aulas eram nossas áreas de lazer, nosso entretimento, berço de amizades duradouras. Famílias inteiras se destacava. Os irmãos Manga, Alemão, Dedé, Manguito, pelo Sport. Os olindenses Zeca, China, Mituca brilharam em vários clubes. No Santa Cruz, Orlando, Tará, isaac. No Náutico, os históricos irmãos Carvalheira; depois, Nado, Bita; Os principais clubes consagravam os jovens atletas crescidos e criados aqui mesmo. De outros estados, um ou dois. Alguns ficaram definitivamente, como o vitorioso Ivan Biondi, um exemplo de gente e de craque.
Quem se destacava saia em busca de melhores condições financeiras. Não foram poucos. Vários chegaram à Seleção Brasileira e se consagraram como campeões mundiais. Lá pelos anos 190/1970, o Santa Cruz, treinado por Valdomiro Silva, ficou conhecido como abastecedor de craques para o futebol de São Paulo.
O gloriosos Sport Clube do Recife atingiu uma marca como formador de craques, difícil de ser igualada até pelos grandes nacionais, mesmo nos dias atuais com tantos investimentos nos garotos em formação. Nos Jogos Olímpicos de Helsinque, em 1952, a Seleção Brasileira de Futebol contava com três atletas pernambucanos todos oriundos das bases do Sport: Adésio, centromédio; Vavá, futuro bicampeão mundial e Ilo Caldas, o atacante pernambucanos que, infelizmente, não prosperou abatido por séria contusão no joelho. Formados pelo Sport eram orgulhos de todos nós.
Na contramão da vergonha que sentimos hoje por nos nivelar à bandidagem das chamadas torcidas organizadas. Não. Não torcemos pelo mesmo time, nem temos o mesmo ideal.
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