"As pessoas não morrem, ficam encantadas"
Sérgio Ricardo Araújo Rodrigues
Advogado e Professor Universitário
Publicado em: 14/03/2025 03:00 Atualizado em: 13/03/2025 22:17
Guimarães Rosa, um dos grandes autores da literatura brasileira escreveu que “as pessoas não morrem, ficam encantadas”, o que sugere que a essência das pessoas permanece viva de alguma forma, seja através das memórias, do impacto que causaram ou da maneira como tocaram a vida dos outros.
Há poucos dias o Brasil recebeu um Oscar com um filme que contou um pouco a história de Rubens Paiva, história que nos faz lembrar sobre o impacto que pessoas come ele representaram para a democratização do Brasil.
Tenho orgulho de ter tido em minha família uma pessoa que também foi símbolo desse momento em nosso país, Ranúsia Alves Rodrigues.
Rubens Paiva é lembrado como um símbolo da resistência à ditadura militar no Brasil. Ele foi um engenheiro, político e empresário que se destacou pela defesa da democracia e pelos ideais nacionalistas. Paiva foi eleito deputado federal em 1962 pelo Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) e teve seu mandato cassado após o golpe militar de 1964.
Em 1971, Rubens Paiva foi sequestrado por agentes da repressão, torturado e assassinado. Seu corpo nunca foi encontrado, tornando-se um dos desaparecidos políticos da ditadura. Sua memória foi mantida viva pela luta de sua esposa, Eunice Paiva, e de seu filho, Marcelo Rubens Paiva, que escreveu o livro Ainda Estou Aqui, que inspirou o filme homônimo dirigido por Walter Salles.
A história de Rubens Paiva continua a ser um lembrete das atrocidades cometidas durante a ditadura militar e da importância da defesa da democracia. Sua memória é celebrada através da arte, literatura e cinema, mantendo vivo o legado de sua luta pela justiça e pelos direitos humanos.
Ranúsia Alves Rodrigues foi uma estudante de enfermagem e militante do Partido Comunista Brasileiro Revolucionário (PCBR). Ela nasceu em Garanhuns, Pernambuco, em 18 de junho de 1945. Durante a ditadura militar no Brasil, Ranúsia se envolveu ativamente na luta contra o regime autoritário.
Ranúsia passou a viver na clandestinidade e, em 27 de agosto de 1969, deu à luz sua filha, Vanuzia. Em 27 de outubro de 1973, Ranúsia foi morta junto com outros militantes do PCBR no episódio conhecido como “Chacina da Praça da Sentinela” ou “Chacina de Jacarepaguá”, no Rio de Janeiro.
A história de Ranúsia Alves Rodrigues é um exemplo de coragem e resistência na luta pela democracia e pelos direitos humanos no Brasil.
As histórias de resistência e coragem de figuras como Rubens Paiva e Ranúsia Alves Rodrigues são extremamente inspiradoras nos dias de hoje, especialmente quando pensamos nas lutas contínuas pela democracia, justiça social e direitos humanos.
A dedicação desses indivíduos à democracia nos lembra da importância de proteger e fortalecer as instituições democráticas e de participar ativamente do processo político.
Conhecer e lembrar das atrocidades do passado é fundamental para que não se repitam. As histórias de Rubens Paiva e Ranúsia Rodrigues nos ajudam a manter viva a memória das violações de direitos humanos e a importância de responsabilizar aqueles que cometem tais atos.
Deixo a linda canção o bêbado e o equilibrista, eternizada por Elis Regina, de Aldir Blanc / João Bosco:
Meu Brasil que sonha
Com a volta do irmão do Henfil
Com tanta gente que partiu
Num rabo de foguete
Chora a nossa Pátria, mãe gentil
Choram Marias e Clarices
No solo do Brasil
Mas sei que uma dor assim pungente
Não há de ser inutilmente
A esperança dança
Na corda bamba de sombrinha
E em cada passo dessa linha
Pode se machucar.
Há poucos dias o Brasil recebeu um Oscar com um filme que contou um pouco a história de Rubens Paiva, história que nos faz lembrar sobre o impacto que pessoas come ele representaram para a democratização do Brasil.
Tenho orgulho de ter tido em minha família uma pessoa que também foi símbolo desse momento em nosso país, Ranúsia Alves Rodrigues.
Rubens Paiva é lembrado como um símbolo da resistência à ditadura militar no Brasil. Ele foi um engenheiro, político e empresário que se destacou pela defesa da democracia e pelos ideais nacionalistas. Paiva foi eleito deputado federal em 1962 pelo Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) e teve seu mandato cassado após o golpe militar de 1964.
Em 1971, Rubens Paiva foi sequestrado por agentes da repressão, torturado e assassinado. Seu corpo nunca foi encontrado, tornando-se um dos desaparecidos políticos da ditadura. Sua memória foi mantida viva pela luta de sua esposa, Eunice Paiva, e de seu filho, Marcelo Rubens Paiva, que escreveu o livro Ainda Estou Aqui, que inspirou o filme homônimo dirigido por Walter Salles.
A história de Rubens Paiva continua a ser um lembrete das atrocidades cometidas durante a ditadura militar e da importância da defesa da democracia. Sua memória é celebrada através da arte, literatura e cinema, mantendo vivo o legado de sua luta pela justiça e pelos direitos humanos.
Ranúsia Alves Rodrigues foi uma estudante de enfermagem e militante do Partido Comunista Brasileiro Revolucionário (PCBR). Ela nasceu em Garanhuns, Pernambuco, em 18 de junho de 1945. Durante a ditadura militar no Brasil, Ranúsia se envolveu ativamente na luta contra o regime autoritário.
Ranúsia passou a viver na clandestinidade e, em 27 de agosto de 1969, deu à luz sua filha, Vanuzia. Em 27 de outubro de 1973, Ranúsia foi morta junto com outros militantes do PCBR no episódio conhecido como “Chacina da Praça da Sentinela” ou “Chacina de Jacarepaguá”, no Rio de Janeiro.
A história de Ranúsia Alves Rodrigues é um exemplo de coragem e resistência na luta pela democracia e pelos direitos humanos no Brasil.
As histórias de resistência e coragem de figuras como Rubens Paiva e Ranúsia Alves Rodrigues são extremamente inspiradoras nos dias de hoje, especialmente quando pensamos nas lutas contínuas pela democracia, justiça social e direitos humanos.
A dedicação desses indivíduos à democracia nos lembra da importância de proteger e fortalecer as instituições democráticas e de participar ativamente do processo político.
Conhecer e lembrar das atrocidades do passado é fundamental para que não se repitam. As histórias de Rubens Paiva e Ranúsia Rodrigues nos ajudam a manter viva a memória das violações de direitos humanos e a importância de responsabilizar aqueles que cometem tais atos.
Deixo a linda canção o bêbado e o equilibrista, eternizada por Elis Regina, de Aldir Blanc / João Bosco:
Meu Brasil que sonha
Com a volta do irmão do Henfil
Com tanta gente que partiu
Num rabo de foguete
Chora a nossa Pátria, mãe gentil
Choram Marias e Clarices
No solo do Brasil
Mas sei que uma dor assim pungente
Não há de ser inutilmente
A esperança dança
Na corda bamba de sombrinha
E em cada passo dessa linha
Pode se machucar.
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