Convidem o sol para o happy hour
Rodrigo Mello
CEO da Kroma Energia
Publicado em: 25/01/2024 03:00 Atualizado em: 25/01/2024 07:24
O mercado de energia está sempre em movimento, acompanhando as mudanças e avanços no mundo. Com as energias renováveis, não pode ser diferente: precisamos estar sempre em expansão e com olhos abertos para as necessidades do futuro. Fechamos o ano de 2023 com o Brasil batendo recorde em produção de energia solar, como a segunda fonte com maior penetração do País, ficando atrás apenas da energia hidrelétrica. Fonte sem emissão de poluentes, a atual capacidade instalada de energia solar no Brasil é de 33 gigawatts, isso corresponde a 15% de todas as usinas instaladas em território brasileiro.
Com o avanço da energia solar no Brasil, é cada vez mais comum vermos placas solares instaladas sobre casas, prédios e estabelecimentos em geral. Os painéis deixaram de ser vistos apenas em grandes usinas e passaram a fazer parte de muitos telhados, agora também frequentemente usados com essa função, de abrigo para captação da energia solar. Mas como sabemos, o sol nasce, chega ao ápice de radiação e depois se põe, ou seja, é uma geração intermitente. Temos uma alta curva de geração nos horários de pico do sol, em contraposição com uma geração deficitária exatamente no horário de ponta, de maior consumo, o horário de “happy hour”.
Com essa carência de luz solar em pleno “happy hour”, o sistema fica refém dessa curva de geração deficitária. Devemos estar atentos a isso e intensificar a solução desta deficiência, que já trouxe problemas, como foi o caso da Califórnia (EUA). O estado americano adotou cedo a energia solar: no início dos anos 2000 era uma grande incentivadora da popularização, sendo pioneira na instalação de energia solar em telhados. À medida que avançava com seus programas de incentivo à energia renovável, a Califórnia precisou buscar a solução para cobrir o déficit do horário de “happy hour”. Hoje, após aprender a lição de casa, a Califórnia é líder global no esforço para compensar a intermitência da energia renovável em redes elétricas, através da utilização de baterias em larga escala.
Os sistemas de armazenamento de energia são feitos com baterias recarregáveis, que armazenam a energia gerada através de painéis solares, fornecendo de volta a energia que foi guardada, seja para cargas em residências, comércio ou indústria. O armazenamento de energia também traz outros benefícios para o consumidor, como manter o funcionamento no caso de falta de energia; o uso da energia armazenada em horários em que a tarifa da rede é mais cara (horário ponta); e maior estabilidade de fornecimento.
Nunca é demais lembrar que temos um potencial gigantesco, com um cenário extremamente favorável para usufruir de todos esses benefícios que a energia solar pode proporcionar. O Brasil está localizado próximo à Linha do Equador, com alta incidência de luz solar, sendo um país tropical, com sol em todo seu território na maior parte do ano. Mesmo assim, ainda estamos na oitava posição entre os maiores produtores de energia solar no mundo (em potência instalada acumulada), ficando atrás da China, Estados Unidos, Japão, Alemanha, Índia, Austrália e Itália.
A solução do armazenamento da energia solar pode ser uma ponte para um futuro com mais energia limpa, sem a intermitência do pôr do sol. Os sistemas de armazenamento têm sido cada vez mais usados pelo mundo afora e podemos usufruir ao máximo dessa solução. Este é um ponto sensível que precisamos adotar na expansão de nossa matriz energética, minimizando possíveis problemas na operação do sistema. Placas solares aliadas a sistemas de armazenamento podem representar a garantia de um futuro próspero para a geração de energia. Já está na hora de fazermos esse convite, para que o sol esteja presente no nosso “happy hour”, garantindo uma energia de uma fonte confiável, barata, limpa e renovável, sem nenhuma intermitência.
Com o avanço da energia solar no Brasil, é cada vez mais comum vermos placas solares instaladas sobre casas, prédios e estabelecimentos em geral. Os painéis deixaram de ser vistos apenas em grandes usinas e passaram a fazer parte de muitos telhados, agora também frequentemente usados com essa função, de abrigo para captação da energia solar. Mas como sabemos, o sol nasce, chega ao ápice de radiação e depois se põe, ou seja, é uma geração intermitente. Temos uma alta curva de geração nos horários de pico do sol, em contraposição com uma geração deficitária exatamente no horário de ponta, de maior consumo, o horário de “happy hour”.
Com essa carência de luz solar em pleno “happy hour”, o sistema fica refém dessa curva de geração deficitária. Devemos estar atentos a isso e intensificar a solução desta deficiência, que já trouxe problemas, como foi o caso da Califórnia (EUA). O estado americano adotou cedo a energia solar: no início dos anos 2000 era uma grande incentivadora da popularização, sendo pioneira na instalação de energia solar em telhados. À medida que avançava com seus programas de incentivo à energia renovável, a Califórnia precisou buscar a solução para cobrir o déficit do horário de “happy hour”. Hoje, após aprender a lição de casa, a Califórnia é líder global no esforço para compensar a intermitência da energia renovável em redes elétricas, através da utilização de baterias em larga escala.
Os sistemas de armazenamento de energia são feitos com baterias recarregáveis, que armazenam a energia gerada através de painéis solares, fornecendo de volta a energia que foi guardada, seja para cargas em residências, comércio ou indústria. O armazenamento de energia também traz outros benefícios para o consumidor, como manter o funcionamento no caso de falta de energia; o uso da energia armazenada em horários em que a tarifa da rede é mais cara (horário ponta); e maior estabilidade de fornecimento.
Nunca é demais lembrar que temos um potencial gigantesco, com um cenário extremamente favorável para usufruir de todos esses benefícios que a energia solar pode proporcionar. O Brasil está localizado próximo à Linha do Equador, com alta incidência de luz solar, sendo um país tropical, com sol em todo seu território na maior parte do ano. Mesmo assim, ainda estamos na oitava posição entre os maiores produtores de energia solar no mundo (em potência instalada acumulada), ficando atrás da China, Estados Unidos, Japão, Alemanha, Índia, Austrália e Itália.
A solução do armazenamento da energia solar pode ser uma ponte para um futuro com mais energia limpa, sem a intermitência do pôr do sol. Os sistemas de armazenamento têm sido cada vez mais usados pelo mundo afora e podemos usufruir ao máximo dessa solução. Este é um ponto sensível que precisamos adotar na expansão de nossa matriz energética, minimizando possíveis problemas na operação do sistema. Placas solares aliadas a sistemas de armazenamento podem representar a garantia de um futuro próspero para a geração de energia. Já está na hora de fazermos esse convite, para que o sol esteja presente no nosso “happy hour”, garantindo uma energia de uma fonte confiável, barata, limpa e renovável, sem nenhuma intermitência.
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