A realidade e a virtualidade
Sérgio Ricardo Araújo Rodrigues
Advogado e Professor Universitário
Publicado em: 30/06/2023 03:00 Atualizado em: 30/06/2023 00:13
A internet nos trouxe ganhos inimagináveis em muito pouco tempo: transmissão de informações que favorecem o desenvolvimento técnico e científico, acesso direto a bancos de dados importantes com informações preciosas para os nossos estudos nas nossas áreas de interesse, resgate de amizades aparentemente perdidas na nossa infância, agilidade do noticiário (o que acontece do outro lado do mundo pode ser acompanhado em tempo real), abrangência das campanhas de toda natureza, que alcançam mais rapidamente o maior número de pessoas no menor tempo.
Todas essas coisas são benefícios fantásticos, mas é preciso cautela de como usamos nosso tempo no mundo “virtual” e no mundo “real”.
Em tempos em que influenciadores digitais dominam nosso “tempo livre”, temos uma tendência de deixarmos de descobrir o sentido de como são realmente as coisas e como devem ser.
Ao imergimos dentro do mundo virtual, aquilo que é real deixa se de lado por um instante e novos parâmetros são criados. O perigo é que os parâmetros deixam de ser pessoais e passam a ser uma exigência coletiva.
Seria um mundo perfeito se na solidão cada pessoas não sofressem, se diante de si mesmas não ficassem despidas de desejo próprio: o seu desejo é apenas o desejo da mídia, do mercado voraz, das redes, dos falsos amigos, do número de seguidores, dos likes incontáveis que são muito sedutores e as fazem querer mostrar mais e mais.
Quando falamos de nosso filhos, o perigo é ainda maior e já se fala num termo até então inexistente de Abandono Digital de Menor.
O abandono digital é a negligência parental caracterizada pela omissão do dever de cuidado, proteção e segurança dos filhos no ambiente virtual. O acesso indiscriminado e excessivo de crianças e adolescentes aos conteúdos disponíveis na web e a ausência de supervisão dos pais nesse “mundo digital”, pode gerar efeitos nocivos aos filhos em virtude das muitas situações de vulnerabilidade e risco a que estes estão expostos.
Nesse contexto, muitos pais se iludem com a falsa sensação de segurança e confiabilidade advindos do fato dos filhos estarem dentro de casa, porém, estes estão completamente abandonados na plataforma digital, navegando na internet de forma ininterrupta e sem a devida vigilância parental. É uma geração de crianças e adolescentes entregues à própria sorte e tendo como melhor companhia um celular, um computador, um tablet ou um smartphone.
Segue trecho da canção Mundo Virtual, do compositor Ramon, Banda Hp7, que ilustra bem a questão:
Mundo Virtual
Banda Hp7
“É, ter que se entregar a um sentimento
Através da tela e das teclas de um computador
Não é a melhor solução
Bate-papo mas a noite não tem fim
www.com.br não consigo fazer o
Download do arquivo
Parece fácil encontrá-lo
Mas a Página deu erro.
Será que um dia eu vou encontar a saída?
Ou ficar preso nesse mundo virtual?”
Que possamos tirar o máximo do mundo virtual, mas, ao mesmo tempo, possamos sentir as cores, as dores, as lutas, as vitórias, conquistas e amores do mundo real.
Todas essas coisas são benefícios fantásticos, mas é preciso cautela de como usamos nosso tempo no mundo “virtual” e no mundo “real”.
Em tempos em que influenciadores digitais dominam nosso “tempo livre”, temos uma tendência de deixarmos de descobrir o sentido de como são realmente as coisas e como devem ser.
Ao imergimos dentro do mundo virtual, aquilo que é real deixa se de lado por um instante e novos parâmetros são criados. O perigo é que os parâmetros deixam de ser pessoais e passam a ser uma exigência coletiva.
Seria um mundo perfeito se na solidão cada pessoas não sofressem, se diante de si mesmas não ficassem despidas de desejo próprio: o seu desejo é apenas o desejo da mídia, do mercado voraz, das redes, dos falsos amigos, do número de seguidores, dos likes incontáveis que são muito sedutores e as fazem querer mostrar mais e mais.
Quando falamos de nosso filhos, o perigo é ainda maior e já se fala num termo até então inexistente de Abandono Digital de Menor.
O abandono digital é a negligência parental caracterizada pela omissão do dever de cuidado, proteção e segurança dos filhos no ambiente virtual. O acesso indiscriminado e excessivo de crianças e adolescentes aos conteúdos disponíveis na web e a ausência de supervisão dos pais nesse “mundo digital”, pode gerar efeitos nocivos aos filhos em virtude das muitas situações de vulnerabilidade e risco a que estes estão expostos.
Nesse contexto, muitos pais se iludem com a falsa sensação de segurança e confiabilidade advindos do fato dos filhos estarem dentro de casa, porém, estes estão completamente abandonados na plataforma digital, navegando na internet de forma ininterrupta e sem a devida vigilância parental. É uma geração de crianças e adolescentes entregues à própria sorte e tendo como melhor companhia um celular, um computador, um tablet ou um smartphone.
Segue trecho da canção Mundo Virtual, do compositor Ramon, Banda Hp7, que ilustra bem a questão:
Mundo Virtual
Banda Hp7
“É, ter que se entregar a um sentimento
Através da tela e das teclas de um computador
Não é a melhor solução
Bate-papo mas a noite não tem fim
www.com.br não consigo fazer o
Download do arquivo
Parece fácil encontrá-lo
Mas a Página deu erro.
Será que um dia eu vou encontar a saída?
Ou ficar preso nesse mundo virtual?”
Que possamos tirar o máximo do mundo virtual, mas, ao mesmo tempo, possamos sentir as cores, as dores, as lutas, as vitórias, conquistas e amores do mundo real.
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