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As empresas e o fortalecimento da paternidade responsável

Rogério de Melo Morais
Diretor Executivo do PIPA (Primeira Infância Plantar Amor)

Publicado em: 06/08/2021 03:00 Atualizado em: 06/08/2021 06:20

No Brasil e no mundo há um esforço pelo despertar de uma paternidade mais ativa, mais participativa no cuidar, o que a torna também mais equitativa.

Em decorrência de um processo histórico de séculos de patriarcados e machismo tóxico, estabelecemos não só uma lacuna de relação parental, mas de carinho e afeto masculinos, estímulo especialmente fundamental para o desenvolvimento infantil.

Na direção de fortalecimento desta transformação, as organizações também podem protagonizar um papel importante. Desenvolver uma cultura que reconheça e valorize a função paterna junto aos colaboradores pode provocar impactos positivos tanto no ambiente interno, quanto externo da empresa.

Líderes que permitem espaço para pauta servem de formadores de opinião para suas equipes. Quanto mais alto na hierarquia, maior referência e poder para priorizar a temática. Ademais, um gestor com menos comportamentos machistas é mais propenso a valorizar a diversidade e a equidade de gênero na empresa.

O patrocínio ao tema seguramente se reflete em um RH mais aberto a causas afirmativas e contribui para formação de times mais heterogêneos e engajados. Também é possível ter uma estratégia de ESG mais madura, com políticas de responsabilidade social que valorizem a primeira infância, causa social com maior impacto na humanidade.

Em medidas diretas à paternidade, destacam-se o aumento ou flexibilidade das licenças parentais dos homens - o que também é uma medida que apoia a melhor divisão de tarefas junto às mães - e capacitações que tragam mais consciência sobre uma masculinidade responsável.

Sem dúvidas, tudo isso também reverbera nas crianças e abre caminhos para um futuro mais sustentável, vidas mais sanas e felizes de toda sociedade.

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