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Autonomia feminina

Raimundo Carrero
Escritor e jornalista
opiniao.pe@diariodepernambuco.com.br

Publicado em: 02/03/2020 03:00 Atualizado em: 02/03/2020 09:58

Para definir  o quarto grande momento da literatura brasileira  , chamado Neorregionalismo, seguindo a orientação de Antônio Cândido, o professor Herasmo Braga de Oliveira Brito, da Universidade Estadual do Piauí, enumera três  tendências que justifica esta possível escola, embora sem um programa ou uma orientação a congregar seus integrantes. São elas: forte crítica social e política, deslocamento dos espaços, não ocupando apenas a zona rural, e a memória como elemento idebtficador da problemática nacional.

Autores estudados no doutorado de Herasmo : Milton Hatoum( Amazonas), Assis Brasil(Piauí), Francisco Dantas(Sergipe), Ronaldo Correia de Brito (Ceará) e Raimundo Carrero( Pernambuco). As obras: Dois Irmãos, Cinzas do Norte, Órfãos do El Dourado, Tetralogia Piauiense,  Galileia, Sombra Severa e Somos Pedras que se Consomem.No meu caso, Herasmo destaca Dina, de Sombra Severa, e Ísis, de Somos Pedras, na questão da Autonomia Feminina, embora  Bernada Soledade, Tia Guilhermina e Vânia exerçam um papel decisiva. Sou, depois de Jorge Amado, o escritor brasileiro a ter maior preocupação com o universo feminino.

Herasmo, no entanto, expõe com segurança a escolha, “a questão da autonomia das prsonagens femininas nas produções literárias, independente do gênero do autor, pois a interpretação neorregionalista das obras que propomos, fundamenta-se em pontos mais abrangentes,,mediante a história e a tradição literária brasileira contemporânea, não se restringindo aos debates sobre questão de gênero.

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