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ORIENTE MÉDIO

Israel diz aos EUA que planeja 'operação terrestre limitada' no Líbano

O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, endossou que apesar da dramática escalada do conflito na região, os EUA ainda acreditam na diplomacia

Publicado em: 30/09/2024 16:08 | Atualizado em: 30/09/2024 16:08

O posicionamento das tropas israelenses, confirma que é iminente a incursão terrestre no Líbano (foto: Kawnat HAJU / AFP)
O posicionamento das tropas israelenses, confirma que é iminente a incursão terrestre no Líbano (foto: Kawnat HAJU / AFP)

De acordo com reportagem publicada hoje do jornal Washington Post, Israel já comunicou aos Estados Unidos que planeja uma operação terrestre ‘limitada’ no Líbano, e que terá início em breve. 

 

O posicionamento das tropas israelenses, segundo relataram fontes sob anonimato à mídia, confirma que é iminente a incursão terrestre no Líbano. As declarações do ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, também corroboram com as afirmações. “A nova fase da guerra contra o Hezbollah vai começar em breve", anunciou, acrescentando que esta etapa vai ajudar a atingir o objetivo de conseguir que os habitantes do norte do país regressem às suas casas.

Mas, o presidente dos EUA Joe Biden reiterou o pedido de um cessar-fogo no Oriente Médio. Ao ser questionado o que considerava sobre o plano de Tel Aviv, Biden disse que: "Estou confortável se eles pararem".

 

O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, também endossou que apesar da dramática escalada do conflito na região, os EUA ainda acreditam na diplomacia. “Os EUA continuarão a trabalhar com os nossos parceiros na região e em todo o mundo para fazer avançar uma resolução diplomática que traga segurança real a Israel e ao Líbano e permita que os cidadãos de ambos os lados da fronteira regressem às suas casas”, reforçou.

 

Blinken, além disso, defendeu que a morte do líder do Hezbollah deixou o mundo mais seguro.  “Hassan Nasrallah foi um terrorista brutal que causou numerosas vítimas, incluindo norte-americanos, israelenses, civis no Líbano, civis na Síria e muitos outros. Enquanto liderava o Hezbollah, o grupo aterrorizou as populações de toda a região e impediu o Líbano de progredir plenamente como país”, disse.

 

Já o Pentágono afirmou nesta segunda-feira (30) que os EUA estão enviando "alguns milhares" de soldados para o Oriente Médio para reforçar a segurança regional e, se necessário, para se prepararem para defender Israel. “O aumento da presença de soldados norte-americanos virá de vários esquadrões de caças”, informou Sabrina Singh, porta-voz do Pentágono. 

 

 

EUA e Israel alertam o Irã

 

“Os Estados Unidos tomaram medidas se o Irã ameaçar os seus interesses no Oriente Médio e reforçarão a sua capacidade de defesa aérea na região e têm tropas adicionais prontas para serem destacadas perante contingências. Os Estados Unidos estão determinados a impedir que o Irã, os seus parceiros e os seus representantes apoiados pelo Irã tirem partido da situação ou façam escalar o conflito", diz o comunicado do  secretário da Defesa norte-americano, Lloyd Austin. 

 

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, também já fez um alerta ao Irã. "Não há nenhum lugar no Oriente Médio onde Israel não possa chegar para proteger o seu país e o seu povo. O governo de Teerã está levando o seu povo para mais perto do abismo”, avisou.


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