Economize Saiba como planejar e dividir para se divertir sem gastar muito Orçamento apertado não significa suprimir o lazer. É possível, com criatividade, passar bons momentos com amigos

Por: Correio Braziliense

Publicado em: 14/05/2017 11:34 Atualizado em:

Quando a sexta-feira chega ,começa a contagem regressiva para o happy hour ou para para o fim de semana, afinal, todo mundo merece um tempo para relaxar e se divertir com a família e os amigos. A vontade de sair é grande, mas o orçamento nem sempre permite. O fato de o dinheiro estar curto, entretanto, não significa que a única opção é ficar olhando para o teto, sem fazer nada. É possível encontrar alternativas aos programas de costume e compartilhar momentos agradáveis com os amigos e parentes sem chegar ao fim do mês com o bolso vazio.
 
Leia mais notícias de Economia

Marcos Melo, professor de finanças do Ibmec, explica que é natural o corte de gastos em um cenário de renda menor. E, segundo ele, economizar com lazer é, quase sempre, a primeira opção para quem quer equilibrar o orçamento. “É um comportamento interessante, que acaba abrindo a possibilidade de se pensar em outros tipos de diversão. As pessoas começam a descobrir alternativas mais barata de lazer”, afirma.

O funcionário público Bruno Araújo, 29 anos, se assustou quando contabilizou o quanto gastava em uma saída para o bar com os amigos. Por noite, o passeio não saia por menos de R$ 100. “Se somarmos as comandas de todos da mesa, a conta chegava a mais de R$ 600. Se nos reunirmos na casa de alguém, conseguimos convidar mais pessoas, ter mais conforto, mais consumo e gastamos menos”, explica. Além das despesas no local, Bruno afirma que o custo do deslocamento é um ponto que pesa na hora de decidir. “É sempre uma preocupação. Se saímos, temos que pensar no táxi ou selecionar o amigo da vez”, menciona.

A regra não é deixar de sair para restaurantes, bares ou qualquer outra opção de entretenimento, mas, parar de associar diversão a gastar muito. Com criatividade e equilíbrio, dá para encaixar os gastos no orçamento. “A pessoa precisa dividir a renda entre as despesas, e isso inclui uma parte para lazer”, destaca Melo. “No começo do mês, determine quanto poderá gastar com saídas e passeios e vá controlando isso durante o período. Se você vir que está avançando mais do que devia, procure uma opção mais barata para cumprir o planejamento”, complementa.

Para não extrapolar o orçamento, a bancária Paula Lima, 24, quase sempre reúne os amigos na própria casa ou na de alguém. Assim, consegue ter finais de semana animados. “Vamos ao mercado juntos, ou alguém compra e dividimos a conta”, explica. Para ela, a opção é, sem dúvidas, mais econômica. “Fui a um bar na semana passada e gastei três vezes o que gasto em um sábado que a gente se reúne em casa”, reclama. Paula, no entanto, não abre mão de, nos meses em que está com folga no orçamento — ou porque juntou dinheiro ou recebeu algum extra, como férias —, para conhecer um restaurante com cardápio mais caro.

Controle


A bancária foge do endividamento e mantém sob controle as contas, substituindo programas caros por outros mais baratos. Como ir ao cinema acaba pesando no bolso, prefere ver filmes em casa. “Amo ir ao cinema, mas pago inteira e, dependendo do local, só o ingresso custa quase R$ 30”, lamenta.

Se o orçamento está limitado, seja criativo. Existem muitas formas de lazer barato. “Não enxergue as restrições como algo triste. Temos o costume de associar diversão a dinheiro”, aponta Melo. Ter controle sobre os gastos deve ser um comportamento rotineiro e não apenas em momentos de dificuldades financeiras, acrescenta Severo. “A pessoa acaba se conscientizando de como usa o próprio dinheiro e começa a perceber que não precisa gastar tanto para se divertir”, argumenta.

A crise apertou o bolso de todos, então, propor programas mais baratos não é um constrangimento. No entanto, não esqueça que ficar em casa também tem custos. Dividir os gastos é essencial para que a celebração não pese no orçamento de ninguém.


MAIS NOTÍCIAS DO CANAL