COLUNA
Viajar ou casar? Pesquisa revela o que traz mais felicidade
Segundo o estudo, 49% dos entrevistados disseram que uma viagem planejada e realizada foi mais prazerosa do que o próprio dia do matrimônio
Por: Claudia Molinna
Publicado em: 15/10/2024 10:02
![]() |
Foto: Freepik |
Uma pesquisa feita pela Booking.com, com 17.000 pessoas em 17 países, mostrou que viajar é uma das maiores fontes de felicidade, superando eventos tradicionais como o casamento. Enquanto cerimônias matrimoniais são cercadas por expectativas sociais e pressão emocional, as viagens são vistas como uma forma de liberdade e enriquecimento pessoal. Segundo o estudo, 49% dos entrevistados disseram que uma viagem planejada e realizada, foi mais prazerosa do que o próprio dia do matrimônio.
O estudo também revelou que a antecipação da viagem é um fator determinante para elevar o humor. Para 77% das pessoas, apenas organizar e planejar um roteiro é suficiente para melhorar o estado emocional. Além disso, 80% dos participantes relataram um aumento na empolgação l, ao escolher destinos e imaginar novas aventuras.
Esses dados apontam para uma mudança cultural significativa: as pessoas estão priorizando experiências transformadoras, em vez de marcos tradicionais. Para muitos, o crescimento pessoal e as memórias geradas por uma viagem valem mais que alianças e votos matrimoniais. Enquanto 45% preferem viajar a se noivar, 29% indicaram que a felicidade proporcionada por uma viagem é superior à alegria da chegada de um filho.
A valorização de momentos únicos e imersivos se consolida como uma tendência global. Mais do que nunca, explorar novos lugares se torna a escolha preferida para quem busca uma forma autêntica e duradoura de felicidade .
VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA NO BRASIL
![]() |
Foto: Freepik |
A violência obstétrica continua sendo um grave problema de saúde pública no Brasil, afetando mulheres durante o parto e o puerpério. A pesquisa Nascer no Brasil II (2021-2023), realizada pela Fiocruz, revelou que práticas desaconselhadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS), como a episiotomia e a manobra de Kristeller, ainda são comuns. Em instituições privadas, 88% dos partos são cesarianas, muito acima do recomendado pela OMS, que sugere um limite de 15% para procedimentos cirúrgicos necessários.
A prevalência de cesarianas se deve, em parte, ao medo das mulheres de passarem por procedimentos invasivos e dolorosos no parto vaginal, como a episiotomia. A pesquisa também destacou a relação entre violência obstétrica e desigualdade social: mulheres negras e de menor escolaridade são mais vulneráveis a maus-tratos e abusos durante o parto, refletindo um sistema de saúde que ainda reproduz desigualdades estruturais.
Além dos impactos físicos, a violência obstétrica também causa danos emocionais duradouros. A Nascer no Brasil II ampliou sua abordagem para investigar sintomas de depressão e ansiedade pós-parto e problemas no vínculo entre mãe e bebê. Esses desdobramentos evidenciam que a violência obstétrica não se restringe ao momento do parto, mas afeta toda a jornada reprodutiva e familiar da mulher.
Apesar das tentativas de promover partos mais humanizados, como o Programa Rede Cegonha, a resistência cultural e institucional persiste. As práticas abusivas refletem não apenas uma defasagem técnica, mas também uma falta de respeito à autonomia e à dignidade feminina. Transformar esse cenário exige não apenas políticas públicas eficazes, mas também uma mudança profunda na cultura hospitalar e na formação dos profissionais de saúde.
NOVA LEI VALORIZA CONTRIBUIÇÕES FEMININAS NA EDUCAÇÃO BRASILEIRA
![]() |
Foto: Freepik |
A partir de 2025, escolas de ensino fundamental e médio em todo o Brasil, tanto públicas quanto privadas, passarão a ensinar sobre as grandes contribuições de mulheres para a história, ciência, arte, economia e política. A mudança é fruto da Lei 14.986/2024, originada no Projeto de Lei 557/2020, de autoria da deputada Tabata Amaral (PSB-SP). O projeto foi aprovado na Câmara dos Deputados em 2022 e no Senado em setembro de 2024, com relatoria da senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS).
A nova legislação também institui a Semana de Valorização de Mulheres que Fizeram História, a ser celebrada anualmente em março, estimulando escolas a realizarem atividades como palestras e exposições que destacam lideranças femininas. A intenção é promover o reconhecimento das mulheres e fomentar o interesse das alunas por carreiras em áreas como ciência, tecnologia e política.
Ao integrar esses temas nos currículos escolares, a lei visa combater preconceitos sociais e ampliar a percepção sobre o impacto das mulheres na construção da sociedade. Dessa forma, o ensino passa a ser uma ferramenta essencial para fortalecer a igualdade de gênero e transformar o ambiente educacional em um espaço mais inclusivo e justo.
Mais Colunas
Mais lidas
ÚLTIMAS