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Você já ouviu falar em casamento lavanda? A expressão, que circula cada vez mais nas conversas online, diz respeito a uniões afetivas entre duas pessoas, que mantêm um relacionamento sem envolvimento sexual ou romântico, mas com objetivos práticos, emocionais ou sociais em comum.
A tendência, que ganhou força nas redes e fóruns frequentados por jovens da geração Z, resgata um conceito antigo dos casamentos arranjados por conveniência ou proteção, transformando-os em uma escolha consciente, moderna e, muitas vezes, revolucionária.
Entre os motivos, estão a busca por estabilidade, desejo de fugir de pressões familiares, proteção da própria identidade ou, simplesmente, a vontade de construir uma vida a dois baseada em amizade, parceria e respeito mútuo, sem a obrigação do amor romântico.
Para uma geração que cresceu questionando padrões, o casamento lavanda é também uma crítica ao ideal de relacionamento perfeito. Jovens LGBTQIAPN+, por exemplo, podem ver nesse modelo uma forma de navegar pelas expectativas sociais com mais autonomia. Outros o veem como alternativa ao modelo tradicional de casamento, que nem sempre corresponde as suas prioridades emocionais ou existenciais.
Na web, a #lavandermarriage se espalha com depoimentos, desabafos e até influenciadores, que compartilham suas experiências nesse tipo de união. Não se trata de esconder quem se é, mas de criar novas formas de viver com verdade, liberdade e segurança.
O casamento lavanda revela o que a geração Z tem gritado em tantas outras frentes: o amor pode, sim, ser livre e o compromisso, reinventado.
VIOLÊNCIA VICÁRIA: AGRESSOR QUE FERE FILHOS PARA ATINGIR A MULHER PODERÁ SER PUNIDO PELA LEI MARIA DA PENHA
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Um avanço importante no enfrentamento à violência doméstica foi aprovado na Câmara dos Deputados: o Projeto de Lei 3880/2024, que propõe a inclusão da violência vicária na Lei Maria da Penha. Esse tipo de agressão ocorre quando o agressor atinge filhos, pais, irmãos ou pessoas próximas da mulher, com o objetivo de causar dor psicológica e manter o controle sobre ela.
A proposta foi aprovada pela Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher em dezembro de 2024 e segue agora para análise da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Depois disso, ainda precisa ser votada no plenário da Câmara e do Senado, para só então ser sancionada pela Presidência da República e virar lei.
A violência vicária é comum em casos de separação, disputas por guarda ou quando a mulher tenta romper com o ciclo de abusos. Ao atacar quem ela ama, o agressor tenta feri-la emocionalmente, usando os vínculos afetivos como arma.
A mudança na lei reconhece que o sofrimento imposto à mulher nem sempre vem em forma de agressão direta. Muitas vezes, ele é exercido de forma indireta, cruel e silenciosa, por meio das pessoas mais vulneráveis ao seu redor.
Com a aprovação desse projeto, o Brasil dá um passo importante para ampliar a proteção às vítimas e trazer para o centro do debate um tipo de violência que já existia, mas até então, não tinha nome nem punição.
FILIAÇÃO PRESUMIDA: PROPOSTA PREVÊ RECONHECIMENTO DE PATERNIDADE SE HOUVER RECUSA AO DNA
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Uma das propostas mais comentadas da comissão de juristas que elabora o novo Código Civil é a que trata da filiação presumida. Pelo texto sugerido, se o homem apontado como pai se recusar a fazer o teste de DNA, a Justiça poderá reconhecer automaticamente a paternidade.
Hoje, o ônus da prova costuma recair sobre a mãe ou sobre a pessoa que busca o reconhecimento. Com a mudança, esse fardo seria invertido. O objetivo é proteger o direito à identidade e à origem genética, especialmente de crianças que enfrentam dificuldades, para ter seu vínculo familiar reconhecido.
A recusa ao teste de DNA passaria a ser interpretada como evidência favorável à alegação de paternidade, desde que existam outros indícios que sustentem a afirmação, como histórico de relacionamento ou depoimentos.
A proposta também prevê que, no caso de morte ou desaparecimento do suposto pai, parentes consanguíneos poderão ser convocados para realizar o exame. E, se também recusarem, a presunção poderá ser aplicada.
A medida ainda será discutida no Senado, mas já provoca debates sobre privacidade, presunção de inocência e o equilíbrio entre direitos fundamentais.