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3h da manhã: culpa e insônia, segundo a neurociência

De acordo com Greg Murray, psicólogo clínico e um dos maiores especialistas em sono do mundo, acordar nesse horário tem explicação biológica

Publicado em: 06/05/2025 10:19

 (Foto: Freepik)
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Acordar às 3 da manhã com a mente acelerada, tomada por lembranças incômodas e pensamentos autocríticos, não é sinal de desequilíbrio, mas o cérebro funcionando em um de seus momentos mais vulneráveis. De acordo com Greg Murray, psicólogo clínico e um dos maiores especialistas em sono do mundo, esse fenômeno tem explicação biológica.

 

Por volta das 3h, o corpo humano atinge o ponto mais baixo do seu ciclo circadiano. É quando a temperatura corporal, o metabolismo e os níveis de serotonina, neurotransmissor ligado ao bem-estar, estão reduzidos. Sem a proteção neuroquímica habitual, o cérebro fica mais suscetível a interpretações negativas e distorcidas da realidade. Assim, o autocontrole racional se dissolve e abre espaço para o pensamento punitivo. 

 

Esse também é o horário em que o sistema nervoso simpático pode ser ativado por pequenos estímulos internos, como uma preocupação vaga ou uma sensação corporal desconfortável. Sem luz, sem distrações e com os filtros emocionais enfraquecidos, a mente entra em modo de sobrevivência: relembra erros, teme o futuro, dramatiza o que poderia ser pequeno à luz do dia.

 

Portanto, não é recomendável tomar decisões às 3 da manhã, pois é como enxergar o mundo através de um vidro embaçado, ou seja, tudo parece pior do que realmente é, segundo Murray. A recomendação é se levantar suavemente, manter um ambiente tranquilo, evitar telas e se lembrar que esse estado é passageiro.

 

MULHERES SÃO MAIORIA ENTRE MÉDICOS NO BRASIL

 

 (Foto: Freepik)
Foto: Freepik

 

Pela primeira vez na história, as mulheres se tornaram maioria entre os médicos no Brasil. Segundo dados recentes, elas já representam mais de 51% da classe e a projeção é que, em menos de uma década, o país ultrapasse a marca de 1 milhão de profissionais formados em medicina, com ampla predominância feminina.

 

A conquista, no entanto, caminha ao lado de um cenário desigual. O estudo mostra que a distribuição desses profissionais ainda é concentrada nas regiões mais ricas, especialmente no Sudeste, e no setor privado. Municípios pequenos e áreas remotas seguem enfrentando escassez de médicos, evidenciando um abismo entre formação e acesso.

 

A feminização da medicina reflete mudanças sociais e educacionais profundas. No entanto, muitas médicas ainda enfrentam jornadas duplas, estigmas de autoridade e menor presença nos cargos de gestão. A entrada das mulheres tem sido veloz, mas o avanço no poder de decisão e na equidade regional ainda precisa de estímulo institucional.

 

A tendência é clara: as mulheres estão redesenhando o mapa da saúde no Brasil. Cabe agora ao sistema garantir que elas possam exercer essa liderança com justiça territorial e respeito profissional. 

  

STF GARANTE APOSENTADORIA ESPECIAL PARA MULHERES POLICIAIS 

 

 (Foto: Freepik/jemastock)
Foto: Freepik/jemastock
 

 

O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que mulheres policiais têm direito à aposentadoria com critérios diferenciados, mesmo após a reforma da Previdência de 2019. A decisão reafirma a validade da regra prevista na Lei Complementar 51/1985, que permite que elas se aposentem com 25 anos de contribuição e 15 de atividade policial, independente da idade mínima imposta pela reforma.

 

A Corte reconheceu que a atividade policial é de risco elevado e que as mulheres enfrentam dupla carga: a pressão da profissão e as exigências sociais sobre o cuidado familiar. Equiparar suas regras às dos homens seria ignorar essas desigualdades.

 

A decisão abrange policiais civis, federais e outras categorias com função típica de segurança pública. Com isso, o STF estabelece um marco de justiça previdenciária com recorte de gênero, protegendo o direito adquirido de centenas de profissionais que atuam em defesa da sociedade e da vida.

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