![(Foto: Freepik) (Foto: Freepik)]() |
Foto: Freepik |
O homem moderno não é mais um só, ele se partiu em seis. Cada fragmento carrega uma tentativa de sobreviver num mundo, que exige mais do que força: exige sentido.
O Alfa ainda comanda salas, mas não comanda os corações. É a masculinidade de performance, onde o controle é uma armadura que esconde o medo da vulnerabilidade. Já o Beta, o bonzinho, tenta ser o oposto: parceiro, gentil, emocionalmente disponível. Mas vive o paradoxo de ser desejado pela mudança que representa e rejeitado pela imagem que projeta: a de fraco, passivo, sem “pegada” ou mistério, às vezes até inseguro.
O Sigma foge da cena. Não disputa, não se expõe. Ele observa. Sua força é o mistério, seu poder, a distância. Representa o masculino que cansou do jogo social. Já o Delta é o que saiu machucado. Frustrado, calado, ressentido. Um homem que já tentou e não foi visto, agora se esconde de si mesmo.
O Gama ousa. É o nerd criativo, o homem que dança com o próprio caos. Sua sensibilidade é revolução. Mas ainda enfrenta olhares, que confundem delicadeza com fraqueza. E por fim, o Ômega, o que ri por último, não por vitória, mas por alheamento. Não quer vencer o mundo, quer escapar dele. Vive no descompromisso, mas pode se perder na ausência de propósito.
Essas seis faces não são rótulos, são sintomas. O homem moderno, entre ruínas e reinvenções, precisa mais do que escolher um tipo: precisa se reconstruir inteiro. Não é sobre ser Alfa, Beta ou Sigma. É sobre ser humano. E isso, para muitos, ainda é o maior desafio.
QUEDA GLOBAL NA MORTALIDADE MATERNA AINDA ESCONDE TRAGÉDIA DIÁRIA
![(Foto: Freepik) (Foto: Freepik)]() |
Foto: Freepik |
Entre 2000 e 2023, o mundo registrou uma queda de 40% na mortalidade materna, segundo relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS). Apesar do avanço, os números ainda impressionam pela dor que carregam: cerca de 700 mulheres morrem todos os dias em decorrência de complicações ligadas à gravidez, ao parto ou ao período pós-parto. A maioria dessas mortes é evitável.
A desigualdade é gritante. A maior parte dos óbitos acontece em regiões com sistemas de saúde frágeis, onde faltam infraestrutura, acesso ao pré-natal e profissionais capacitados. Mulheres negras, indígenas, pobres e moradoras de áreas rurais continuam sendo as mais vulneráveis, inclusive no Brasil.
O relatório destaca ainda que a pandemia de Covid-19 agravou a situação. Com os sistemas de saúde sobrecarregados e a queda na procura por atendimentos presenciais, houve aumento de mortes maternas em diversos países. O impacto da crise sanitária global revelou como a proteção da vida materna ainda é instável, mesmo após anos de progresso.
A queda nos números mostra que é possível avançar. Mas os dados também denunciam: enquanto 700 mulheres morrerem por dia em circunstâncias evitáveis, o progresso será sempre parcial. E cada vida perdida será um alerta que não pode ser ignorado.
APESAR DO AUMENTO DE VAGAS, MULHERES SEGUEM FORA DO MERCADO DE TRABALHO
![(Foto: Freepik) (Foto: Freepik)]() |
Foto: Freepik |
Mesmo com a geração de novos empregos no Brasil, a participação das mulheres no mercado de trabalho não acompanhou esse crescimento. Dados recentes mostram que a presença feminina na força de trabalho estagnou, revelando um contraste preocupante: mais vagas estão sendo abertas, mas as mulheres continuam ficando de fora.
Entre os principais fatores estão as responsabilidades domésticas e de cuidado, que ainda pesam majoritariamente sobre elas. Milhões de mulheres deixam de buscar emprego por não terem com quem deixar os filhos ou por não conseguirem conciliar os horários das jornadas múltiplas, como casa, família e trabalho remunerado. O mercado continua operando com uma lógica masculina, desconsiderando a sobrecarga imposta às mulheres.
Além disso, a desigualdade de gênero ainda é estrutural. As mulheres enfrentam discriminação nas contratações, salários mais baixos, menores chances de promoção e barreiras invisíveis que se acentuam após os 40 anos ou com a maternidade. Em muitos setores, especialmente os que mais empregam mulheres, como educação e saúde, a recuperação pós-pandemia foi mais lenta para elas.
O aumento de vagas, portanto, não é sinônimo de acesso igualitário. Incluir mulheres no mercado exige mais do que estatísticas positivas: é preciso criar condições reais para que elas participem e permaneçam com dignidade, segurança e oportunidades de crescimento.