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Ele parece inofensivo à primeira vista. Ficar na cama o dia todo, maratonando séries, checando o celular ou apenas olhando para o teto tem nome: bed rotting. Surgido como uma tendência entre jovens nas redes sociais, o termo ganhou popularidade como um ato de autocuidado ou fuga do estresse. Mas há uma linha tênue entre descanso e desistência, sendo que muitos estão cruzando sem perceber.
O que começa como um dia de pausa vira hábito e, depois, rotina. E quando você menos espera, a produtividade despenca, os prazos se acumulam, a autoconfiança some e a culpa aparece. O problema não é descansar, mas tornar o não fazer nada uma constante. No mercado de trabalho, onde adaptabilidade e iniciativa são diferenciais, o bed rotting pode sabotar projetos, atrasar entregas e corroer a imagem profissional, mesmo em home office.
Ademais, a prática prolongada de permanecer na cama, mesmo acordado, pode agravar sintomas de ansiedade, depressão e burnout. Também pode prejudicar a associação entre cama e sono, afetando o ritmo biológico e a disposição.
Não se trata de romantizar o excesso de trabalho, mas de alertar para os riscos do oposto: a apatia disfarçada de autocuidado. Pausas são essenciais, mas precisam ser estratégicas e conscientes. Há um mundo esperando você levantar. E sua carreira, saúde mental e autoestima agradecem quando você escolhe agir.
RECOMEÇAR COM DIGNIDADE: A NOVA COTA QUE PROTEGE E EMPODERA MULHERES VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA
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Uma nova frente de justiça começa a ganhar força no Brasil: a reserva de vagas de trabalho para mulheres vítimas de violência doméstica em empresas e órgãos públicos. A medida, já adotada por algumas instituições, tem como objetivo quebrar o ciclo de dependência e oferecer a essas mulheres algo fundamental: a autonomia financeira para recomeçar.
O desemprego e a vulnerabilidade econômica ainda são barreiras gigantescas para quem tenta sair de uma relação abusiva. Sabendo disso, estados e municípios passaram a estabelecer cotas específicas em concursos e processos seletivos públicos, além de incentivar o setor privado a seguir a mesma direção.
Muito mais do que uma política assistencial, trata-se de uma ação afirmativa que reconhece a violência como um fator real de exclusão social e profissional. Ao abrir espaço no mercado de trabalho, essas iniciativas ajudam a restaurar a autoestima, a segurança e o direito de existir com dignidade.
Ainda são poucos os lugares que implementaram efetivamente a medida. Mas a semente está lançada. E toda sociedade ganha quando uma mulher, antes silenciada pela violência, é ouvida, contratada e respeitada. Recomeçar é possível, desde que haja oportunidade.
Exemplos:
- Governo Federal – Estabeleceu a obrigatoriedade de reservar 8% das vagas em contratos terceirizados para mulheres vítimas de violência doméstica.
- Ebserh (Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares) – Primeira estatal a aderir voluntariamente à política de cotas, com 8% das vagas para esse público.
- Senado Federal – Reserva 2% das vagas em contratos terceirizados para mulheres em situação de vulnerabilidade, decorrente de violência doméstica.
- Sanepar (Companhia de Saneamento do Paraná) – Implementou cota de 2% para mulheres vítimas de violência em concurso público.
- Estados e Distrito Federal – Pelo menos 15 estados, como Amazonas, Bahia, Espírito Santo, Goiás, Paraíba, Rio Grande do Sul e o Distrito Federal, firmaram acordos para aplicar cotas em contratos públicos.
RECIFE ENDURECE COMBATE À VIOLÊNCIA DOMÉSTICA: MULTA DE ATÉ R$ 1 MILHÃO PARA AGRESSORES
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Recife deu um passo decisivo no enfrentamento à violência contra a mulher. A nova Lei Municipal nº 19.366/2025, sancionada neste mês, prevê multa de até R$ 1 milhão para autores de agressões domésticas. A penalidade será aplicada com base na gravidade do caso e na condição econômica do agressor, funcionando como sanção administrativa complementar às punições penais.
A medida ainda proíbe que condenados por violência doméstica sejam contratados pela Prefeitura ou recebam benefícios fiscais e creditícios por até cinco anos. Os valores arrecadados serão revertidos para políticas públicas de apoio às vítimas.
Mais do que punição, a lei impõe responsabilidade financeira aos autores da violência, reconhecendo os danos sociais e emocionais sofridos pelas vítimas. A iniciativa já é considerada pioneira e pode inspirar outros municípios. É um recado claro: em Recife, violência contra a mulher não sairá impune, nem barata.