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Estado em alerta com H5N1
Por: Patrícia Raposo
Publicado em: 29/06/2023 10:35
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A confirmação de um caso de gripe aviaria na Bahia, no último dia 7 de junho, acendeu o sinal de alerta no setor agropecuário do Nordeste. Em maio passado, empresários da avicultura pernambucana já haviam solicitado ao governo do estado a intensificação dos trabalhos de prevenção, o que levou a governadora Raquel Lyra liberar cerca de R$ 1 milhão de reais para ações de prevenção.
A Influenza Aviária de Alta Patogenicidade, de subtipo H5N1, a popular gripe aviária, teve seu primeiro registro no Brasil, no começo de maio, no Espírito Santo. Um mês depois, já ocorriam casos no Rio de Janeiro, São Paulo e Rio Grande do Sul. Atualmente, o Brasil soma 39 registros de aves contaminadas.
O avanço dos casos gerou a Medida Provisória Nº 1.177, de 6 de junho, que abriu crédito extraordinário de R$ 200 milhões em favor do Ministério da Agricultura e Pecuária, para enfrentamento da H5N1.Segundo o secretário estadual de Desenvolvimento Agrário, Agricultura, Pecuária e Pesca, Aloísio Ferraz, o governo de Pernambuco solicitou R$ 12 milhões desse montante para combater a doença. A preocupação faz sentido. A avicultura contribui com 20% de toda riqueza gerada pelo setor agropecuário em Pernambuco.
Podcast
Aloísio Ferraz e Raquel Miranda, presidente da Adagro, a agência de defesa e agropecuária do Estado, são os convidados do podcast Diario Econômico desta semana. Eles me disseram que não enxergam a doença com grandes preocupações, mas o estado já montou um Grupo de Trabalho, reunindo seis secretarias e outros órgãos, e mobilizou 80 técnicos.
Testagem
Desde a primeira ocorrência na América do Sul, segundo Raquel Miranda, a Adagro vem fazendo vigilância ativa em granjas e nos criatórios de aves de subsistência. Mil amostras já foram enviadas para o laboratório do Ministério da Agricultura em São Paulo. Todas testaram negativo.
Preocupação
Os pontos de preocupação são os municípios do Agreste, polo avícola do estado, liderado por São Bento do Una. A produção de Pernambuco é a maior do Nordeste e uma das quatro maiores do Brasil. São cerca de 14 milhões de ovos por dia e 15 milhões de frangos por mês. Fernando de Noronha e a Coroa do Avião, em Itamaracá, também preocupam porque são paradas para aves migratórias. Criação de suínos também sofre ameaça. Ouça o podcast e saiba mais sobre este assunto.
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