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Câmara Municipal do Recife está analisando processo por quebra de decoro pelos vereadores Gilson Machado Filho (PL) e Thiago Medina (PL)

Parlamentares aparecem em vídeo fazendo piadas e gestos de cunho capacitista e sexual contra o presidente Lula

Publicado em: 06/05/2025 18:18 | Atualizado em: 06/05/2025 20:01

 (Foto: Reprodução)
Foto: Reprodução
A Câmara Municipal do Recife está analisando o processo administrativo por quebra de decoro parlamentar contra os vereadores Gilson Machado Filho (PL) e Thiago Medina (PL) para tomar as medidas cabíveis. Os parlamentares foram alvos de denúncia, protocolada por vereadores na última segunda-feira (5), por divulgarem vídeo, no dia 29 de abril, fazendo piadas e gestos de cunho capacitista e sexual contra o presidente Lula (PT). 

A denúncia foi protocolada no processo administrativo Nº 1808/2025 pelos vereadores e vereadores Cida Pedrosa (PCdoB), Jô Cavalcanti (PSOL), Liana Cirne (PT), Kari Santos (PT), Rinaldo Júnior (PSB) e Osmar Ricardo (PT). De acordo com o artigo 35 do regimento da Câmara Municipal do Recife, caso o processo seja acatado, os vereadores envolvidos podem sofrer advertência e até mesmo sofrer suspensão de 30 (trinta) dias caso desrespeitem a medida inicial. 

Em nota, o vereador Thiago Medina alega que ainda não foi notificado de nenhum processo administrativo e sobre uma possível “cortina de fumaça”. “É no mínimo curioso que, no dia seguinte ao anúncio da coleta de assinaturas para instauração da CPI para investigar os aditivos milionários do Parque Eduardo Campos, a imprensa noticie que parlamentares da base do prefeito João Campos moveram processo disciplinar contra este mandato — um claro sinal de tentativa de intimidação e perseguição política”, disse. 

Ainda segundo ele, caso o processo seja comprovado, essa seria “mais uma manobra autoritária para tentar calar vozes conservadoras no Legislativo.” Ele afirma também que “Se ainda vivemos em um estado Democrático de Direito e não em uma ditadura comunista, criticar figuras públicas não constitui quebra de decoro, mas sim o exercício legítimo da atividade parlamentar”. 

O vereador Gilson Machado Filho também afirmou que, até o momento, não foi notificado sobre o processo. 

Nota na íntegra 

O vereador Gilson Machado Filho (PL) esclarece que, até o momento, não foi notificado sobre qualquer processo referente à suposta quebra de decoro parlamentar noticiada na última segunda-feira (5).

Trata-se de uma suposta representação, sequer formalizada, que está sendo amplamente veiculada na imprensa. O que se observa é a tentativa de alguns parlamentares, que pouco contribuem com o debate público e vivem à margem da atuação legislativa, de buscar projeção a qualquer custo, utilizando a imagem dos vereadores Gilson Machado Filho e Thiago Medina para promover narrativas oportunistas e conquistar espaço midiático.

Além de ser uma evidente manobra de autopromoção, essa iniciativa funciona como "cortina de fumaça" para tirar o foco de pautas de real interesse da população. Exemplo disso é a CPI protocolada pela oposição também na última segunda-feira (5), que visa investigar as possíveis irregularidades na gestão do Parque Eduardo Campos, tema que claramente incomoda setores ligados ao governo.

Caso as declarações dos vereadores Gilson e Thiago venham a ser consideradas quebra de decoro, será necessário rever toda a prática da Casa. Afinal, o que já foi dito, e continua sendo dito, por membros da esquerda contra o ex-presidente Jair Bolsonaro são acusações muito mais graves e jamais resultaram em qualquer tipo de questionamento ético. Dois pesos e duas medidas não podem prevalecer em um parlamento que se pretende democrático.

O vereador segue comprometido com o seu mandato, com a transparência, com a liberdade de expressão e com a responsabilidade de fiscalizar os atos do Poder Executivo.

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