Energia solar
Geração de energia solar distribuída para pequenos e médios consumidores torna a energia mais barata
Segundo a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), a geração própria de energia solar em Pernambuco ultrapassa R$ 4,4 bilhões em investimentos
Publicado em: 15/07/2024 05:00 | Atualizado em: 15/07/2024 01:44
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Usinas fotovoltaicas da Flip Energia em Bezerros, Agreste de Pernambuco (Foto: Divulgação) |
A geração distribuída (GD) tem se destacado como uma solução viável e sustentável para os consumidores na redução de custos com energia elétrica. O sistema funciona por meio de usinas de pequeno porte e permite que pequenas, médias empresas e residências possam consumir energia utilizando recursos renováveis, como a energia solar.
De acordo com dados da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), Pernambuco atingiu recentemente o total de 889,6 megawatts (MW) em potência instalada da energia solar nas residências, comércios, indústrias, propriedades rurais e prédios públicos.
Segundo a Associação, o estado já recebeu mais de R$ 4,4 bilhões em investimentos para a geração própria de energia solar em telhados, fachadas e pequenos terrenos. Pernambuco possui mais de 86 mil conexões solares em residências e empresas, que abastecem mais de 150 mil unidades consumidoras. Já no Brasil, desde 2012, foram realizados mais de R$ 146,4 bilhões em investimentos no setor, o país alcança a marca de 30 gigawatts (GW) de potência instalada e cerca de 3,8 milhões de unidades consumidoras são atendidas no país.
Para o professor da UFPE e especialista em energia solar térmica, André Felippe Vieira, Pernambuco possui um índice muito bom de radiação, comparado com outros estados do Sul e Centro-Oeste do Brasil.
"O estado poderia incentivar a instalação de sistemas fotovoltaicos através redução IPTU, (IPTU verde) e redução do ICMS na compra de equipamentos solares", sugere.
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André Felippe Vieira (Foto: Divulgação) |
"A energia solar é uma energia limpa e sustentável, com a redução de gases poluentes de fontes não renováveis, pois evita-se a operação de termoelétricas. É possível ter economia de até 95% na conta no modelo de usina própria (na própria residência) e de 15% a 20% através do aluguel de uma usina solar fotovoltaica", finaliza.
INVESTIMENTOS
Diante desse potencial para geração de energia sustentável e também visando oferecer soluções para a tendência do crescimento da procura desse sistema pelos pequenos e médios consumidores, a Kroma Energia, através da Flip Energia, vai investir R$ 70 milhões no desenvolvimento de projetos de geração distribuída. A ideia da empresa é dobrar, nos próximos 12 meses, a capacidade instalada e atuar também na Paraíba e no Piauí.
Atualmente, a Flip possui projetos em operação em Pernambuco e no Ceará, somando 10 MWp de capacidade instalada. Através da Flip Energia, a Kroma vem expandindo seu portfólio de atuação para atender a demanda de mais clientes.
"A empresa tem levado sua expertise de grandes projetos de geração fotovoltaica para usinas de menor porte, entregando uma solução para pequenos e médios consumidores que também desejam reduzir o custo da energia com sustentabilidade", ressalta o gerente de Geração da Kroma, Filipe Souza.
Filipe Souza (Foto: Divulgação)
Um estudo da consultoria especializada Volt Robotics, encomendado pela Absolar, concluiu que a economia líquida na conta de luz de todos os brasileiros é de mais de R$ 84,9 bilhões até 2031. Além disso, os benefícios da geração distribuída equivalem a um valor médio de R$ 403,9 por megawatt-hora (MWh) na estrutura do sistema elétrico nacional (fonte: Volt Robotics, 2023), diante de uma tarifa média residencial de R$ 729 por MWh no Brasil. (fonte: Aneel, 2023).
No mundo, a adoção da geração distribuída tem crescido com a liderança da Alemanha, Estados Unidos e China, países que incentivam a instalação de sistemas de pequeno porte para suprir parte da demanda energética local. Estimativas apontam que, até 2026, a capacidade instalada de GD no mundo poderá ultrapassar 530 gigawatts, indicando um aumento significativo comparado aos anos anteriores.
No cenário nacional, segundo dados da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), até abril de 2024, foram registrados mais de 4 gigawatts de capacidade instalada em sistemas de geração distribuída, distribuídos principalmente entre sistemas fotovoltaicos (cerca de 99%) e pequenas centrais hidrelétricas. O Brasil tem um dos maiores potenciais solares do mundo, principalmente no Nordeste e no Centro-Oeste. Além de diversos recursos hídricos e eólicos.
Manoela Colaço (Foto: Divulgação)
Como aderir
“A adesão funciona no modelo de assinatura. Atualmente todo o processo é digitalizado. Cada empresa tem sua regra de carência/fidelidade e o prazo para o início do recebimento do desconto dependerá da regra da concessionária”, destaca Manoela.
Os descontos ofertados vão de 10% a 20% da Tarifa de Energia (TE) e da Tarifa de Uso do Sistema de Distribuição (TUSD). “Os clientes devem ficar atentos pois algumas empresas, nas entrelinhas, não fazem essa entrega, pois colocam um percentual redutor no contrato. Mas no geral, é uma contratação rápida, segura e econômica para o consumidor”, Conclui.
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