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ENTREVISTA

Presidente da Compesa defende ousadia nos investimentos

Publicado em: 18/05/2023 11:14

 (Foto: Rafael Vieira/DP)
Foto: Rafael Vieira/DP
O presidente da Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa), o engenheiro civil Romildo Porto, que foi empossado em Janeiro deste ano como 20° gestor da empresa, falou, em entrevista ao Diário de Pernambuco, qual será o papel dele à frente da companhia e sobre as principais demandas do estado. Porto já havia atuado na Compesa, entre 2003 e 2009, nos cargos de superintendente de Planejamento e de Tecnologia da Informação. Ele também ocupou outros cargos em empresas públicas, como a Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH), onde foi coordenador de Tecnologia da Informação. Porto ainda foi gerente- geral Administrativo e Financeiro da empresa de Urbanização do Recife (URB) e diretor-geral de Administração Tributária na Empresa Municipal de Informática (Emprel).

PROJETOS
“A gente tem três grandes projetos. O primeiro é a adutora do agreste, que tem duas etapas. A primeira etapa já está em execução e vai atingir 23 municípios. A segunda, que ainda não está conveniada, vai atender mais 45 cidades. Somando as duas vamos chegar a mais de R$ 4 bilhões de investimento. E aí temos outras duas grandes obras ,que são a adutora de Céu Azul e a adutora do Alto Capibaribe. Esses investimentos, além de levar água, diminuem também o rodízio.”

SANEAMENTO BÁSICO 
“Eu tenho que melhorar primeiro o atendimento de água, porque você só imagina o esgoto tendo água. Então se hoje eu tenho regiões que ainda tem a intermitência ou o famoso rodízio de muitos dias sem água, eu não posso ser muito agressivo com a questão da rede de esgoto. Então, a gente tem que melhorar esse indicador em determinadas regiões para depois vermos a questão do esgoto.” 

INVESTIMENTO 
“A gente tem que ter todo um planejamento para gastar bem esses recursos porque eles têm que ter retorno. Caso contrário, terminamos nos endividando. São equações que temos que ousar. Levam tempo de estudo, e nem sempre temos tempo. É como se estivéssemos consertando um avião em pleno voo.”

MARCO LEGAL 
“A gente criou um cenário que necessita de R$ 21,5 bilhões até 2033, e R$ 24,6 bilhões até 2050 para atingirmos as metasprevistas no Marco Regulatório do Saneamento. Temos que acelerar muito essa capacidade de obra e também de contrair empréstimos. Com tudo isso temos que aumentar também o poder de faturamento da Compesa e ter uma margem maior de investimentos vindos tanto da própria empresa, quanto do estado e da União.”

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