Educação O caminho das pedras: índices de desenvolvimento educacional guiam evolução do ensino básico em Pernambuco Avaliações como o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) e o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica de Pernambuco (Inepe) têm revelado potenciais e carências do sistema e balizado melhorias no estado

Por: Larissa Lins - Diario de Pernambuco

Publicado em: 13/11/2017 19:28 Atualizado em: 14/11/2017 13:51

Bom desempenho garantiu à escola Lagoa Encantada atenção do poder público e recuperou a estima dos moradores locais. Foto: Rafael Martins/DP
Bom desempenho garantiu à escola Lagoa Encantada atenção do poder público e recuperou a estima dos moradores locais. Foto: Rafael Martins/DP

Um projetor de vídeo, aparelhos de ar condicionado, um telhado restaurado e a sensação de estar deixando registrado o bom desempenho de sua escola foram as principais conquistas listadas nos últimos anos por alunos de Lagoa Encantada, no Ibura, Zona Sul do Recife. A partir dos resultados da última avaliação do Ideb, que mede o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica em todo o país, o centro municipal de ensino recebeu nova atenção do poder público e recuperou a estima dos moradores locais: entre 2013 e 2015, o colégio elevou sua nota de 3.6 para 6.1. O aumento de mais de 69% entre os índices daqueles anos lançou luz sobre a escola municipal da comunidade e transformou o espaço numa prova de como avaliações educacionais ajudam a revelar carências, “balizar” ajustes e nutrir de auto-confiança a comunidade escolar.

Sileide Gonçalves reforça com os alunos a importância da avaliação. Foto: Rafael Martins/DP
Sileide Gonçalves reforça com os alunos a importância da avaliação. Foto: Rafael Martins/DP
“Trabalhamos com os alunos a importância de avaliações como o Ideb desde os primeiros anos, explicando como todos se beneficiam quando os resultados são bons. No dia da prova, eles são recebidos com um tapete vermelho e recebem um kit com caneta, lápis, borracha e um chocolate. São pequenos estímulos para mostrar que são os protagonistas daquele momento tão importante para a escola”, explica Sileide Gonçalves, 54 anos, que trabalha na Escola Municipal Lagoa Encantada desde o início dos anos 2000. Ela assumiu a gestão do colégio em 2014, quando os alunos e professores digeriam uma sucessão de resultados insatisfatórios no exame: 3.6 em 2007, 3.9 em 2009, 5.1 em 2011 e 3.6 em 2013. A meta para 2015 era de 4.7 e foi ultrapassada com o festejado índice de 6.1 – o que lhes rendeu investimentos públicos suficientes para sanar os vazamentos do telhado da escola, refrigerar as salas de aula e adquirir um projetor de vídeo para dinamizar o ensino. Hoje, os números da escola a colocam em posição de destaque no ranking das instituições municipais locais: “Bem no meio de uma comunidade pobre, temos um oásis, um pedacinho do céu”, diz Sileide.

Para especialistas, indicadores podem encorajar os jovens a buscarem ingresso no Ensino Superior. Foto: Rafael Martins/DP
Para especialistas, indicadores podem encorajar os jovens a buscarem ingresso no Ensino Superior. Foto: Rafael Martins/DP
O Ideb ajudou a descortinar carências e potenciais, segundo a gestora. Considerado a “nota” da educação básica nacional, o índice leva em conta o desempenho dos alunos na chamada Prova Brasil (aplicada nos quinto e nono anos do ensino fundamental, com questões de português e matemática) e os índices de reprovação e abandono escolar em cada instituição, aferindo a combinação destes quocientes a cada dois anos. Para reverter o quadro crítico das quatro primeiras avaliações promovidas pelo Ministério da Educação, a integração entre os funcionários e a aproximação das famílias estariam entre as principais estratégias da Lagoa Encantada, balizadas pelos dados obtidos junto ao MEC. A baixa rotatividade dos professores, todos efetivados por meio de concurso público, também favoreceria, segundo a direção, um acompanhamento mais cuidadoso da trajetória de cada aluno.

A nível estadual, os últimos indicadores também revelam êxitos e ajudam a chancelar diretrizes como o ensino em tempo integral e o uso de tecnologias em atividades multidisciplinares: Pernambuco saiu da 21ª para a 1ª posição no ranking nacional em dez anos, entre 2007 e 2017, segundo dados do Idepe – que considera os mesmos critérios usados no cálculo do índice nacional (Ideb), como o fluxo escolar e a proficiência dos estudantes do Ensino Fundamental (anos iniciais e finais) e do Ensino Médio. Além de apresentarem desempenho satisfatório em comparação à média nacional, os pernambucanos também se mostram mais comprometidos: a taxa de abandono escolar no estado foi reduzida em 92,9%, conforme dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP/MEC). Hoje, Pernambuco tem nota 3.9 no Ensino Médio, segundo o último Ideb, estando acima da média nacional de 3.5. “Sabemos que uma prova nem sempre mede o conhecimento de alguém. Por isso, as metodologias do IDEB e Inepe são eficientes: porque os índices também levam em conta as reprovações e a evasão. Esse conjunto depende não somente do bom trabalho dos professores, mas do entendimento de que todos que trabalham na escola são educadores. O porteiro, os colaboradores de serviços gerais, as merendeiras... todos contribuem para manter os meninos assíduos, estimulados, acolhidos. A educação é um trabalho coletivo”, avalia Sileide.

Thais Maria, Júlia Beatriz e Thais Rafaela não vão desistir do sonho de cursar medicina. Foto: Rafael Martins/DP
Thais Maria, Júlia Beatriz e Thais Rafaela não vão desistir do sonho de cursar medicina. Foto: Rafael Martins/DP

Os mais de 160 alunos da Escola Municipal Lagoa Encantada, cujo corpo discente se estende da educação infantil ao 5º ano do Ensino Fundamental,  também vestem a camisa e se empenham em busca de bons resultados. “É muito importante saber como está nosso estudo, nosso nível. Essa nota fica marcada na história da gente, na história da escola. Ganhamos até um teto novo da última vez”, conta Thais Rafaella Souza Lopes, 10 anos, aluna do 5º ano fundamental. Bem sucedida nas aulas de ciências, Thais pretende ser cirurgiã. Assim como ela, boa parte das crianças e jovens da comunidade sonha com a faculdade de medicina e se mostra mais confiante desde a Prova Brasil de 2015. “Minha mãe está desempregada e meu pai é eletricista. Eles sempre dizem que eu posso ser tudo aquilo que eles não são, ter o que a gente não tem. Eu só preciso estudar, me dedicar”, diz Thais Maria Alves dos Santos, colega de turma de Thais Rafaella e também interessada no curso na área de saúde. Da mesma classe, Julia Beatriz Ferreira, 10 anos, endossa o coro: “Tem gente que desiste de um sonho porque demora e é difícil de conseguir. Mas não é certo pensar assim. Tenho dois primos que eram muito pobres e moravam em casa de estudantes e que, porque estudaram muito, hoje moram fora e ajudam a família. Quero ser pediatra e ajudar meus pais também".

Alunos se empenham para garantir nota boa para a escola. Foto: Rafael Martins/DP
Alunos se empenham para garantir nota boa para a escola. Foto: Rafael Martins/DP
Para especialistas, indicadores fornecidos pelo Ministério da Educação podem, de fato, encorajar os jovens a buscarem ingresso no Ensino Superior, uma vez que contribui para que as escolas públicas lhes forneçam as ferramentas necessárias a seu preparo e formação. “Os meninos precisam acreditar que eles podem. Antes, os jovens da classe média prestavam vestibular para ingressar na universidade, enquanto os alunos de famílias com menor poder aquisitivo precisavam trabalhar e, se sobrasse tempo e dinheiro, custear uma faculdade. Agora eles veem o filho da vizinha entrar na universidade e sabem que também podem fazê-lo”, analisa a professora e pesquisadora Elba Leicht, coordenadora curso de pedagogia da Unicap. “Alcançar e superar metas de avaliações como o Ideb estimula os alunos a evoluírem desde cedo e ajuda as escolas a aproveitarem melhor os recursos, canalizando investimentos para suprir carências e fomentar os pontos fortes”, explica Elba. O incentivo de cotas raciais e sociais também contribuiriam, segundo ela, para firmar o caminho pavimentado por uma educação básica de boa qualidade ou de qualidade ascendente - como tem se revelado o ensino em aparelhos de gestão estadual e municipal locais.

Vilma Silva afirma que os indicadores servem para trabalhar as competências que os alunos tiveram maior dificuldade. Foto: Rafael Martins/DP
Vilma Silva afirma que os indicadores servem para trabalhar as competências que os alunos tiveram maior dificuldade. Foto: Rafael Martins/DP
Na linha de frente de qualquer soerguimento educacional possível, os professores comemoram os sinais de evolução. “A partir do que nos dizem os indicadores, trabalhamos mais fortemente as competências nas quais os alunos tiveram maior dificuldade. Quando melhoramos os índices, eles se sentem, de fato, mais confiantes. Esse sentimento faz diferença por toda a vida”, opina Vilma Silva, 47 anos, professora do 5º ano da Lagoa Encantada, onde trabalha há mais de uma década. Nas tardes de 2014 e 2015, ela foi uma das encarregadas de ministrar aulas de reforço pedagógico aos estudantes, idealizadas pelos professores e pela equipe gestora do local. Para que atingissem a meta na Prova Brasil daquele ano, eram ofertados horários extra-classe para lições de matemática e letramento. Vilma viu a mudança acontecer: “Hoje, os meninos se dizem preparados, dão depoimentos sobre como o processo de superação dos maus resultados lhes devolveu a auto-confiança. Estão todos mais engajados, mais comprometidos”.

Muito além da capital
Em João Alfredo, município do Agreste pernambucano em posição de destaque no último Ideb, caso semelhante ao da Escola Municipal Lagoa Encantada tem atraído atenções: a Escola Estadual Nossa Senhora Auxiliadora, na zona central da cidade, passou de mau exemplo à principal referência local de ensino nos últimos quatro anos, desde que um resultado ruim no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica fez a rotina no centro de ensino se transformar. Com média 2.68 no Ideb de 2013, a instituição colecionava queixas acerca do comportamento indisciplinado dos alunos e lutava para reerguer a auto-estima dos corpos discente e docente antes de uma nova avaliação. Dois anos foram bastantes – e eram, em verdade, o tempo de que dispunham – para o jogo virar. Em 2015, em relação ao 9º ano do Ensino Fundamental, a cidade de João Alfredo obteve nota 5.9 no Ideb, a maior média do estado no segmento. Pernambuco alcançou média 4.1 no mesmo teste, superando a meta de 3.6 para aquele ano. A Nossa Senhora Auxiliadora teve participação fundamental na elevação do nível de ensino local: “Para tornar o ambiente mais convidativo, pintamos muros, paredes, enfeitamos as salas. Reabrimos a biblioteca, que estava abandonada, criamos uma pracinha num dos pátios, colorimos os corredores. Nos aproximamos dos alunos, trouxemos a família deles para dentro do colégio”, lembra Rosimere Fernanda de Albuquerque da Silva, gestora do colégio.

Escola Estadual Nossa Senhora Auxiliadora, na zona central da cidade, passou de mau exemplo à principal referência de João Alfredo. Foto: Rafael Martins/DP
Escola Estadual Nossa Senhora Auxiliadora, na zona central da cidade, passou de mau exemplo à principal referência de João Alfredo. Foto: Rafael Martins/DP

As receitas espelham aquelas aplicadas na comunidade de Lagoa Encantada, no Ibura, Zona Sul do Recife: acolhimento dos alunos, integração com a família, estímulo ao protagonismo e reforço pedagógico em horário complementar à grade curricular tradicional. Hoje, a Auxiliadora fica restrita ao Ensino Médio e mantém os alunos que tiveram o desempenho acima da média pernambucana no último Ideb, quando cursavam o 9º ano. São 615 vagas, todas ocupadas, distribuídas entre os três turnos, sendo o noturno voltado ao EJA (Educação de Jovens Adultos) e ao Projeto Travessia. Por meio de recursos do governo estadual e federal, todos na Escola Nossa Senhora Auxiliadora têm garantidos o material didático básico (livros, caderno, mochila e uniforme), merenda e transporte escolar.

O desempenho no Ideb serve agora de incentivo ao ingresso dos estudantes no Ensino Superior: “Pensei em desistir muitas vezes dos meus sonhos, mas os professores me incentivaram a persistir. Preciso deixar as inseguranças de lado e manter o foco. Se eu não acreditar nos meus sonhos, nem lutar por eles, quem vai fazer isso por mim?”, pondera Josefa Verônica de Moura Vieira, 16 anos, que estuda desde o 6º ano na Escola Estadual Nossa Senhora Auxiliadora e integrou a turma responsável pelo bom desempenho no último índice do MEC. Se antes se intimidava ao falar sobre os planos de cursar medicina na capital do estado, hoje se orgulha de acreditar no próprio potencial e dos colegas joão-alfredenses. Os números provaram o que são capazes de fazer.

O outro lado
 Foto: Rafael Martins/DP
Foto: Rafael Martins/DP
Além do incentivo às estratégias bem sucedidas, o Ideb descortina fragilidades, apontando urgências a gestores e docentes de escolas cujo desempenho não atinge as metas. No Recife e Região Metropolitana, centros de ensino como a Escola Municipal Alto do Maracanã e Escola Municipal Alto do Pascoal, com notas 4.1 e 4.0 no Ideb, respectivamente, são considerados “em alerta” pelos parâmetros do índice. “Precisamos avançar. Nossa meta é posicionar o Recife, em 2021, entre as dez melhores capitais do país. Hoje, estamos no último terço da lista. Embora, historicamente, sempre estivéssemos posicionados no terço final da classificação, houve crescimento nos dois ultimos exames, sendo o de 2015 o mais importante. Precisamos dar um grande salto nos próximos ciclos. Quando observamos os indicadores econômicos, estamos entre as dez melhores capitais do país. A educação tem que se alinhar com isso. É uma meta desafiante e ousada, que nos obrigará a fazer esforços acima do que qualquer outra capital tem feito”, analisa o secretário de educação do Recife, Alexandre Rebêlo. Para ele, um dos principais desafios é a priorização do ciclo alfabetizatório, o que garantiria um melhor desempenho dos alunos durante o Ensino Fundamental e, consequentemente, menor abandono escolar no Ensino Médio – o intervalo mais crítico para os índices de evasão.

“Sabe-se que os mil primeiros dias de vida são importantíssimos para todo o processo de aprendizado que está por vir, da infância à vida adulta. Por isso, entendemos que as melhorias na educação básica devem começar nos berçários, nas creches-escola. Precisamos ampliar vagas na educação infantil, aumentando o número de creches, além de garantir que as crianças sejam bem alfabetizadas e que as escolas se tornem mais atrativas até o fim do Ensino Fundamental”, lista Rebêlo. Para a professora e mestre em ciências da linguagem Fernanda Gris, os indicadores do MEC podem trazer respostas para os rumos do ensino, das práticas pedagógicas, do desempenho dos alunos e da administração de cada escola. “A educação básica é da maior importância para a vida adulta do sujeito, e ela se dá por acúmulo de saberes, por aquisição. Vem desde as creches, que hoje não servem mais somente a uma demanda social, mas é um espaço educativo, de convivência, de contato com o mundo e com o outro, até o Ensino Médio”, ela explica.

De acordo com Fernanda Gris, o desafio à frente das escolas com menores índices no Ideb pode ser transposto através de uma revisão cuidadosa do conceito de aprendizagem e de melhores estratégias de gestão dos centros educacionais. “É preciso que os alunos aprendam por compreensão, não por memorização. Esse processo de compreensão envolve razão, emoção, socialização, condições objetivas de materializar a ideia do que está sendo ensinado – em outras palavras, uma aproximação entre teoria e prática. Quanto à gestão, sabe-se que uma boa equipe gestora é capaz de operar milagres na vida escolar”, analisa. Revigorar vínculos junto à comunidade seria, aponta a professora, uma das principais receitas para que as escolas com índices alarmantes revertam os números a seu favor.

Em São José do Egito, alunos aprendem poesia na sala de aula e se veem como protagonistas do processo de aprendizagem. Foto: Rafael Martins/DP
Em São José do Egito, alunos aprendem poesia na sala de aula e se veem como protagonistas do processo de aprendizagem. Foto: Rafael Martins/DP

Ensino diferenciado
Enquanto isso, no Sertão pernambucano, a mais de 360 Km da capital do estado, uma metodologia de contornos afetivos e literários tem fomentado o bem estar e o bom desempenho na comunidade escolar de São José do Egito: rimas e repentes facilitam, desde os primeiros anos de vida, a educação básica dos que nascem no Berço Imortal da Poesia. “Os alunos se veem como protagonistas do processo de aprendizagem, que se torna mais familiar e interativo com a poesia. Entendemos que a arte e a cultura são fundamentais para a sensibilidade, para a capacidade de ver e acolher o outro, respeitá-lo. Além de desenvolver mais facilmente os seus potenciais, preservamos a cultura local”, conta Niedson Amaral, 40 anos, gestor da Escola Técnica Estadual Professora Célia Siqueira, onde jovens entre 16 e 17 anos cursam o Ensino Médio em paralelo à formação de nível técnico. Os números corroboram com sua fala: São José do Egito, onde a poesia é incluída oficialmente na grade curricular, foi uma das dez cidades com melhor desempenho no Idepe de 2016, cujos resultados foram divulgados em agosto de 2017. Dos 14 municípios com maiores índices na avaliação, a propósito, 11 estão localizados no Sertão do Pajeú. Quixaba, Afogados da Ingazeira e Trindade também figuram na lista.

“Temos mais prazer em frequentar a escola quando tem algo de familiar nela. A poesia é uma tradição da cidade, está na nossa vida desde sempre. Pela poesia, nós incentivamos alunos mais novos e nos sentimos no dever de perpetuar nossa cultura”, diz o estudante Péryclys Pereira da Silva, 19 anos, matriculado no 3º ano de Meio Ambiente da ETE Célia Siqueira. Ele integra o grupo Poesia Cantada, formado por alunos da instituição e reconhecido pelas apresentações em escolas e festivais de música e literatura daquela região. A ideia é difundir poesia – e, nisto, os jovens também propagam os efeitos dela em sua formação.

Arte: Priscila Milet
Arte: Priscila Milet

SAIBA MAIS: o que é o Ideb?

O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) foi criado em 2007 e reúne, em um só indicador, os resultados de dois conceitos igualmente importantes para a qualidade da educação: o fluxo escolar e as médias de desempenho nas avaliações. Ele é calculado a partir dos dados sobre aprovação escolar, obtidos no Censo Escolar, e das médias de desempenho nas avaliações do Inep, o Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) – para as unidades da federação e para o país, e a Prova Brasil – para os municípios.

O Ideb é importante por ser condutor de política pública em prol da qualidade da educação. É a ferramenta para acompanhamento das metas de qualidade do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE) para a educação básica, que tem estabelecido, como meta, que em 2022 o Ideb do Brasil seja 6.0 – média que corresponde a um sistema educacional de qualidade comparável a dos países desenvolvidos.
Fonte: portal.mec.gov.br

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