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Prevenção Sensores vão monitorar deslizamentos de terra no Recife Nove cidades brasileiras consideradas áreas de risco extremo fazem parte do programa Estação Total Robotizada (ETR) do Cemaden

Por: Patrícia Fonseca - Diario de Pernambuco

Publicado em: 14/03/2016 09:52 Atualizado em: 14/03/2016 11:15

Mais de cem sensores estão sendo instalados no Ibura. Foto: Rodrigo Silva/ DP
Mais de cem sensores estão sendo instalados no Ibura. Foto: Rodrigo Silva/ DP
O Recife e outras oito cidades brasileiras consideradas áreas de risco extremo de deslizamentos de terra vão receber um sofisticado sistema de sensores de monitoramento. O programa Estação Total Robotizada (ETR) do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Ambientais (Cemaden) já beneficia as cidades paulistas de Mauá e Santos e Blumenau, em Santa Catarina e chegará também aos municípios fluminenses de Petrópolis, Nova Friburgo, Angra dos Reis e Teresópolis e a Salvador, na Bahia.

"Estamos em processo de implantação dos mais de cem prismas que vão receber as informações dos sensores. Desde o ano passado eles estão sendo colocados no bairro do Ibura num raio de 2,5 km, direcionados e espalhados por barreiras e imóveis da localidade, que tem níveis de risco de 1 a 4", explicou o coronel Cássio Sinomar, secretário Executivo de Defesa Civil do Recife. Além da secretaria e do Cemaden, também faz parte do projeto o Departamento de Sismologia da Universidade Federal de Pernambuco (Ufpe). "Nossa expectativa é entrar em funcionamento ainda no primeiro semestre deste ano. Após a implantação, serão realizados ajustes e calibrações", acrescentou.

Inicialmente, o equipamento de pesquisa experimental que vai distinguir as alterações naturais no solo das que implicam risco. Os sensores geotécnicos emitem um sinal infravermelho para cem prismas - ou sistemas de espelhos - instalados sobre pequenos postes de 1,5 metro de altura nas encostas de morros de cada município. O sistema consegue detectar pequenos deslocamentos no solo que podem prever acidentes. Cada ETR monitora as encostas em 360 graus e consegue registrar não apenas a dimensão dos deslocamento do solo, mas também a taxa de aceleração. Com esses dados são definidos os limiares de risco e a iminência de um deslizamento.



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