Aedes aegypti
Pastoral sedia debate sobre a tríplice epidemia
Publicado em: 22/02/2016 23:34 Atualizado em:
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Especialistas e representantes de setores da sociedade se reuniram nesta segunda-feira |
De maneira geral, a maioria dos participantes cobrou ações focadas no abastecimento d’água, na limpeza ambiental e na ampliação do saneamento básico, para suprimir as condições de proliferações do mosquito vetor da dengue, zika e chikungunya.
“Tem que parar mesmo porque não adianta nada”, disse uma das participantes do evento, a médica sanitarista Lia Giraldo, professora da Universidade de Pernambuco (UPE) e pesquisadora do Programa de Pós Graduação em Saúde Pública da Fundação Osvaldo Cruz em Pernambuco (Fiocruz/PE). Ainda segundo ela, dados do próprio Ministério da Saúde integram uma nota técnica da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco) e indicam, inclusive, potencial cancerígeno em veneno utilizado no chamado “fumacê”.
Representando a Secretaria Estadual de Saúde, George Dimech disse que havia concordância com “vários pontos” da nota técnica da Abrasco. Acabou sendo cobrado por Paulete Cavalcanti, da Fiocruz, a determinar a imediata suspensão do uso de veneno e de aplicação de larvicida, mas fez referência à burocracia e admitiu apenas agendamento de reuniões para discutir o tema.
Lia Giraldo disse que se o Governo do Rio Grande do Sul cancelou o uso qualquer outro também pode fazê-lo. Alan Tygel, da Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e pela Vida engrossou o coro e cobrou a avaliação de risco dos produtos utilizados.
André Monteiro, também da Fiocruz, propôs a implementação de ações imediatas de limpeza ambiental urbana. “Falha de saneamento mata e causa microcefalia”, enfatizou, cobrando ações enérgicas das empresas responsáveis pelo abastecimento d’água e saneamento. Coordenador da Pastoral da Saúde, Vandson Holanda destacou que as doenças matam a população mais pobre.
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