Pró-aging, oportunidades, pessoas e instituições
Nilton José Batista Moreno Júnior
General de Brigada da Reserva Remunerada
Publicado em: 29/11/2023 03:00 Atualizado em: 28/11/2023 23:05
O Brasil e o mundo refletem, nos dias de hoje, um perfil de atingimento de idade pelos seus cidadãos jamais visto em outras épocas. No nosso País, existem cerca de 55 milhões de pessoas com idade superior a 50 anos. Nesse contexto, o movimento denominado pró-aging celebra a maturidade, promove a inclusão e a valorização dos idosos no mercado de trabalho e traz consigo a diversidade etária e o reconhecimento das habilidades e competências adquiridas ao longo da vida (FIORI, 2023).
Ao mesmo tempo, observa-se, nos mercados de trabalho mundo afora, um perverso movimento de ageísmo, também conhecido por etarismo ou idadismo, ou seja, discriminação com base na idade, excluindo, com isso, as trocas intergeracionais, o aperfeiçoamento das culturas organizacionais e a diversidade.
No contexto corporativo, abranger profissionais de diferentes faixas etárias em um mesmo ambiente de trabalho gera pluralidade de perfis e contribui para a formação de ideias, bem como a junção de diferentes tradições, regionalismos, linguagens, crenças e posicionamentos, que reforça o entendimento entre gerações e culturas (VIVIANE MOREIRA, 2023).
A diversidade geracional pretende colocar, nos mesmos ambientes, representantes das gerações Z (nascidos entre 1995 e 2000), Y (entre 1980 e 1995), X (entre 1960 e 1980) e os chamados Baby Boomers (entre 1940 e 1960). ZENKLUB divulga que o cenário geracional nas empresas brasileiras se define com os seguintes percentuais de participação: 12% da geração Z, 33% pertencem à geração Y, 36% (entre 35 e 44 anos) e 16% (entre 45 e 54 anos) incluem-se na geração X e somente 3% estão inseridos nos Baby Boomers.
Muito antes de ser objeto de estudo, em tempos de ESG, a historiografia mundial nos lega inúmeros exemplos de pessoas maduras, conduzindo países, empresas e empreendimentos de sucesso.
Shimon Peres foi um político israelense, assumindo a presidência com 84 anos e deixando o cargo com 91 anos. O Brasil tem em Abilio Diniz um empresário e administrador de referência, exercendo, hoje, aos 87 anos, a presidência dos conselhos de administração da Península Participações e da BRF. Em Pernambuco, Tânia Bacelar é uma economista, que exerceu inúmeros cargos de direção na iniciativa privada e pública, atua na conhecida Consultoria Econômica e de Planejamento (CEPLAN) e presta assessoria a diversos organismos internacionais.
O Exército Brasileiro se insere entre as Instituições do País que valorizam seus recursos humanos e aproveita a experiência, habilidade e capacidade laborativa de seus militares aposentados. A ferramenta institucional utilizada é a Prestação de Tarefa por Tempo Certo (PTTC), que se define como a execução de atividades de natureza militar, atribuídas ao militar inativo, justificada pela necessidade do serviço, de caráter voluntário e por um período previamente especificado e limitado.
Há um longo caminho pela frente no combate às práticas etaristas, sendo essencial que a vitalidade, a manutenção das atividades laborais, em face da nova realidade piramidal etária e a contribuição das pessoas maduras com suas competências e habilidades sejam o verdadeiro norte nas melhores práticas empresariais.
Ao mesmo tempo, observa-se, nos mercados de trabalho mundo afora, um perverso movimento de ageísmo, também conhecido por etarismo ou idadismo, ou seja, discriminação com base na idade, excluindo, com isso, as trocas intergeracionais, o aperfeiçoamento das culturas organizacionais e a diversidade.
No contexto corporativo, abranger profissionais de diferentes faixas etárias em um mesmo ambiente de trabalho gera pluralidade de perfis e contribui para a formação de ideias, bem como a junção de diferentes tradições, regionalismos, linguagens, crenças e posicionamentos, que reforça o entendimento entre gerações e culturas (VIVIANE MOREIRA, 2023).
A diversidade geracional pretende colocar, nos mesmos ambientes, representantes das gerações Z (nascidos entre 1995 e 2000), Y (entre 1980 e 1995), X (entre 1960 e 1980) e os chamados Baby Boomers (entre 1940 e 1960). ZENKLUB divulga que o cenário geracional nas empresas brasileiras se define com os seguintes percentuais de participação: 12% da geração Z, 33% pertencem à geração Y, 36% (entre 35 e 44 anos) e 16% (entre 45 e 54 anos) incluem-se na geração X e somente 3% estão inseridos nos Baby Boomers.
Muito antes de ser objeto de estudo, em tempos de ESG, a historiografia mundial nos lega inúmeros exemplos de pessoas maduras, conduzindo países, empresas e empreendimentos de sucesso.
Shimon Peres foi um político israelense, assumindo a presidência com 84 anos e deixando o cargo com 91 anos. O Brasil tem em Abilio Diniz um empresário e administrador de referência, exercendo, hoje, aos 87 anos, a presidência dos conselhos de administração da Península Participações e da BRF. Em Pernambuco, Tânia Bacelar é uma economista, que exerceu inúmeros cargos de direção na iniciativa privada e pública, atua na conhecida Consultoria Econômica e de Planejamento (CEPLAN) e presta assessoria a diversos organismos internacionais.
O Exército Brasileiro se insere entre as Instituições do País que valorizam seus recursos humanos e aproveita a experiência, habilidade e capacidade laborativa de seus militares aposentados. A ferramenta institucional utilizada é a Prestação de Tarefa por Tempo Certo (PTTC), que se define como a execução de atividades de natureza militar, atribuídas ao militar inativo, justificada pela necessidade do serviço, de caráter voluntário e por um período previamente especificado e limitado.
Há um longo caminho pela frente no combate às práticas etaristas, sendo essencial que a vitalidade, a manutenção das atividades laborais, em face da nova realidade piramidal etária e a contribuição das pessoas maduras com suas competências e habilidades sejam o verdadeiro norte nas melhores práticas empresariais.
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