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Foto: DANIEL MIHAILESCU/AFP |
Após a vitória no domingo do candidato de extrema-direita nas eleições presidenciais da Romênia, o primeiro-ministro do país, o social-democrata Marcel Ciolacu, anunciou a sua demissão esta segunda-feira (5).
Ciolacu já havia dito anteriormente que iria pedir ao seu partido de centro-esquerda para considerar abandonar a coligação governamental pró-ocidental que governava o país.
“O gabinete de ministros irá se manter em funções interinamente, até a eleição de uma nova maioria depois da segundo turno das presidenciais, dentro de duas semanas. "Tendo em conta os resultados da votação, a coligação formada com os liberais e o partido minoritário húngaro já não tem legitimidade na sua forma atual", afirmou Ciolacu após uma reunião do seu partido em Bucareste.
Ciolacu apresentou a sua demissão ao presidente e propôs aos seus partidários a saída do governo, que, por isso, deixará de ter a maioria necessária no Parlamento.
O candidato da coligação governamental, Crin Antonescu, não será candidato, tendo sido afastado no primeiro turno realizado no domingo, vencida por George Simion, com 41 % dos votos.
Simion, líder da Aliança para a União dos Romenos, de extrema-direita, é um eurocético, posição política caracterizada pela desconfiança ou crítica à União Europeia (UE) e à integração europeia. Caso vença a segunda rodada das eleições, a previsão é de que isole a Romênia e desestabiliza a região leste da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN).
Em segundo, com menos 20 por cento dos votos, ficou o o autarca de Bucareste, Nicushór Dan, candidato independente, pró-europeu e com uma agenda anti-corrupção.
Nicushór Dan, já dramatizou a segunda volta presidencial romena, assumindo que, devido à grande diferença de votos, vai ser difícil a luta contra o extremismo.
Após as eleições legislativas de dezembro, Marcel Ciolacu, de 57 anos, se manteve chefe de governo, após um acordo entre o Partido Social Democrata (PSD), que governa em coligação com o Partido Nacional Liberal (PNL, centro-direita) e a União Democrática dos Húngaros da Romênia (UDMR), que objetivava proteger o país da ascensão da extrema-direita e apresentar um único candidato às eleições presidenciais.