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Fraude no INSS afetou mais de 4 milhões de beneficiários, estima órgão

A situação no INSS veio à tona após uma investigação da Polícia Federal também revelou que o desvio bilionário contou com envolvimento de servidores, propinas e associações de fachada

Publicado em: 02/05/2025 20:39 | Atualizado em: 02/05/2025 20:50

A situação no INSS veio à tona após uma investigação da Polícia Federal também revelou que o desvio bilionário contou com envolvimento de servidores, propinas e associações de fachada (foto: Arquivo/Agência Brasil)
A situação no INSS veio à tona após uma investigação da Polícia Federal também revelou que o desvio bilionário contou com envolvimento de servidores, propinas e associações de fachada (foto: Arquivo/Agência Brasil)

Os descontos não autorizados da aposentadoria de beneficiários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) abrangeu pelo menos 4,1 milhões de pessoas, estimou o órgão. Esses dados correspondem ao número de segurados que mantêm contratos ativos com 11 entidades associativas que estão sob investigação por fraudes.

 

 

 

O total exato de atingidos só será confirmado ao final das apurações. A dimensão da fraude do INSS é reforçada por um levantamento da Controladoria-Geral da União (CGU), que apontou que 97,6% dos beneficiários entrevistados declararam não ter autorizado os descontos mensais aplicados diretamente em seus contracheques.

 

A situação no INSS veio à tona após uma investigação da Polícia Federal também revelou que o desvio bilionário contou com envolvimento de servidores, propinas e associações de fachada. 

 

Associações ligadas aos aposentados estariam cadastrando beneficiários sem consentimento, frequentemente recorrendo ao uso de assinaturas falsas, para então realizar descontos de mensalidades diretamente na folha de pagamento do INSS.

 

O prejuízo estimado com o esquema, entre 2019 e 2024, alcança a cifra de R$ 6,3 bilhões. Diante disso, O novo presidente Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Gilberto Waller Júnior, e o governo federal devem decidir, até a noite desta sexta-feira (2/5), sobre os métodos de ressarcimentos para os aposentados e pensionistas vítimas da fraude de descontos indevidos por meio do órgão.

 

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, por sua vez, afirmou, nesta semana, que o governo irá devolver os valores aos aposentados e pensionistas, mas não deu detalhes sobre a reparação. Segundo ele, a equipe econômica aguarda a Controladoria-Geral da União (CGU) e a AGU indicarem os próximos passos do processo de devolução. 

 

O escândalo envolvendo descontos ilegais de aposentados pelo INSS também levou à demissão do então ministro da Previdência, Carlos Lupi, nesta sexta. O ex-titular da pasta entregou o pedido de demissão em reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fora da agenda oficial.

 

"O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu, na tarde desta sexta-feira, o pedido de demissão do ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, durante audiência no Palácio do Planalto. O presidente convidou o ex-deputado federal, Wolney Queiroz, atual secretário-executivo da Previdência, para ocupar o cargo de ministro", disse o Planalto em nota.

 

 

Confira as informações no Correio Braziliense

Tags: fraude no INSS | inss |

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