![Marina Oiticica é especialista em zumbido somatossensorial (Cortesia) Marina Oiticica é especialista em zumbido somatossensorial (Cortesia)]() |
Marina Oiticica é especialista em zumbido somatossensorial (Cortesia) |
Com a aproximação do período junino, além da preocupação com as queimaduras ocasionadas pelas tradicionais fogueiras, o alto barulho produzido pelos estouros de fogos de artifício, rojões e bombas caseiras podem provocar sérios danos ao aparelho auditivo.
Isso acontece porque o estampido de fogos e rojões costuma ser, além de muito alto, inesperado. De acordo com a especialista em zumbido somatossensorial, Marina Oiticica, o barulho dos rojões pode ultrapassar 120 dBa, sendo que o limite seguro, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), é de 85 dB. A velocidade com que o ruído percorre o aparelho auditivo pode gerar perdas graves e até irreversíveis.
“O aparelho auditivo sofre um impacto significativo devido à onda sonora de alta intensidade e pode levar à ruptura do tímpano, deslocamento temporário da cadeia ossicular, levando a uma sensação de ouvido entupido, provocar zumbidos, perda auditiva neurossensorial e dificuldade de entender falas”, explicou.
O barulho excessivo pode agravar a situação de pessoas que já têm histórico de zumbido no ouvido, pois as células ciliadas da cóclea são danificadas, tornando o zumbido mais alto e persistente.
“A explosão pode sobrecarregar a via auditiva, deixando o zumbido mais perceptível por dias ou semanas. Outro fator é o estresse e a ansiedade causada pelo susto da explosão, que ativa o sistema nervoso, aumentando a percepção do zumbido,” alerta Marina Oiticica.
![Marina Oiticica é referência em Pernambuco na reabilitação de zumbido e disfunção temporomandibular (DTM) (Cortesia) Marina Oiticica é referência em Pernambuco na reabilitação de zumbido e disfunção temporomandibular (DTM) (Cortesia)]() |
Marina Oiticica é referência em Pernambuco na reabilitação de zumbido e disfunção temporomandibular (DTM) (Cortesia) |
Outra parcela da população que sofre bastante com esses estouros são pessoas neurodivergentes. De acordo com Marina Oiticica, estudos indicam que o cérebro desses indivíduos processa sons de forma mais intensa, devido a diferenças na conectividade neural e na modulação sensorial.
Em caso de uma exposição a um forte impacto sonoro, provocado pelos rojões, as pessoas devem se afastar desses locais barulhentos por 48h, permanecendo em ambiente silencioso. Caso isso não seja possível, o uso de protetores auriculares é recomendado.
“As pessoas que tiverem uma exposição com um forte impacto sonoro, provocado por esses estouros, devem ficar atentas ao aparecimento de zumbidos, sensação de ouvido tampado, dor, secreção, tonturas e náuseas. Caso apareça algum desses sintomas, o paciente deve procurar um otorrinolaringologista imediatamente,” orienta Marina Oiticica.
Experiências profissionais
Referência em Pernambuco na reabilitação de zumbido e disfunção temporomandibular (DTM), Marina Oiticica é primeira pernambucana a fazer a formação completa de zumbido somatossensorial com a Dra Carina Bezerra, além de participar de mentorias com a otorrinolaringologista Sandra Bastos. Em 2015, ingressou no Exército Brasileiro, sendo Oficial Temporária. Iniciou no setor de fisioterapia da 7° Região Militar, permanecendo até sua saída em 2023, como chefe do setor de fisioterapia. Durante o período na entidade militar, iniciou seus trabalhos no setor de fisioterapia cabeça e pescoço, trabalhando em conjunto com os bucosmaxilosfaciais e dentistas do Exército. Em 2022, começou os atendimentos na Clínica Movemente, criando o setor de cabeça e pescoço da clínica. Em 2023, ingressou no Instituto Resende de Oliveira, sendo a fisioterapeuta responsável pelo instituto. Com formação Biasotto & Spinato, Marina também atuou como fisioterapeuta traumato-ortopédica, com especializações em Dor Orofacial e Traumas de face; pós-graduada em Dermato-funcional; formação internacional de RPG e Pilates; além de atuar na linha de frente da COVID-19 no Hospital Militar de Área do Recife.