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Repórteres Sem Fronteiras propõem reforma no jornalismo mundial

Após a divulgação do ranking mundial da liberdade de imprensa, a organização internacional Repórteres Sem Fronteiras (RSF) lançou um apelo ao pluralismo das mídias e à informação de qualidade

Publicado em: 05/05/2025 16:15 | Atualizado em: 05/05/2025 16:40

 (Foto: Divulgação/Repórteres Sem Fronteiras)
Foto: Divulgação/Repórteres Sem Fronteiras
De acordo com o Índice Mundial da Liberdade de Imprensa 2025, a liberdade de imprensa e a independência editorial das redações estão sendo ameaçadas devido à vulnerabilidade econômica das mídias.

Para tanto, após a divulgação do ranking mundial da liberdade de imprensa, a organização internacional Repórteres Sem Fronteiras (RSF) lançou um apelo ao pluralismo das mídias e à informação de qualidade, propondo às autoridades públicas e privadas para que se comprometam com um "New Deal" para o jornalismo. O New Deal visa ‘reconstruir’ o jornalismo com 11 recomendações principais. Dentre as quais, a tributação sobre os gigantes tecnológicos.

Segundo os resultados mais recentes do Índice Mundial da Liberdade de Imprensa 2025, da RSF, as condições para a prática do jornalismo são precárias em metade dos países do mundo, sendo que três quartos dos países têm uma má situação econômica má. O enfraquecimento econômico dos meios de comunicação é uma ameaça à liberdade de imprensa, alertou a organização.

Mas, o Brasil reforçou uma expressiva evolução positiva que vem sendo observada desde 2023 no índice global de liberdade de imprensa. Segundo dados da organização RSF, no Índice Mundial da Liberdade de Imprensa 2025, o país deu um salto de 47 posições na comparação com 2022 e alcançou o 63ª lugar entre 180 nações.

Entre as sugestões centrais do novo acordo, a RSF propõe proteger o pluralismo nas mídias através da regulação econômica, estabelecer responsabilidade democrática para os anunciantes similar à responsabilidade social corporativa, fortalecer a informação independente e combater os desertos de informação diante do aumento de crises, conflitos e regimes autoritários, assim como incentivar modelos de financiamento híbridos e inovadores.

Outras das principais indicações apontadas pela RSF consistem na introdução de um imposto sobre grandes empresas de tecnologia para financiar informações de qualidade, com o objetivo de redistribuir todo ou parte do valor indevidamente captado pelos gigantes digitais em detrimento das mídias, e o fortalecimento da educação midiática e da formação de jornalistas para combater o enfraquecimento dos meios de comunicação públicos.

Com a apresentação de um New Deal com compromissos concretos, a Repórteres Sem Fronteiras quer não só preservar a liberdade de imprensa como libertar as mídias  a dessa espiral econômica prejudicial, que ameaça a sua independência e sobrevivência.

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