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GUERRA

Forças de Israel se aproximam da capital da Síria

Avanço dos tanques para a zona tampão ocorre desde que o presidente sírio Bashar Al-Assad foi deposto no último domingo

Publicado em: 10/12/2024 12:44

 (Foto: Ahmad Gharabli/AFP
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Foto: Ahmad Gharabli/AFP
As Forças de Defesa de Israel (FDI) se encontram a apenas 30 quilômetros de Damasco, a capital da Síria. O avanço dos tanques para a zona tampão ocorre desde que o presidente sírio Bashar Al-Assad foi deposto no último domingo. A agência de notícias France-Presse (AFP), divulgou ainda que hoje fortes explosões foram sentidas em Damasco.
 
O governo iraniano reagiu e condenou a ação israelense, reiterando que o exército de Israel já invadiu também uma área sob controle da Organização das Nações Unidas.
 
Segundo, o Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH), com sede em Londres, Israel efetuou desde a queda de Assad mais de 250 bombardeios contra a Síria. A ONG relatou que as tropas israelenses têm como alvo as principais instalações militares, com o objetivo de impedir que caiam nas mãos dos rebeldes. A OSDH acrescentou que aeroportos, radares, depósitos de armas e munições, centros de investigação militar e navios da Marinha síria sofreram ataques aéreos junto ao porto mediterrâneo de Latakia, no noroeste do país.

O diretor do OSDH, Rami Abdel Rahman, apontou que o governo de Tel Aviv  pretende destruir o poder militar do governo de Assad., derrubado no domingo por uma coligação de grupos rebeldes islamitas. “Outros alvos militares do exército de Assad, nos arredores de Damasco e de outras cidades do país, como Mahaja, no norte da província de Daraa, ao sul, foram também atacados na segunda-feira (9) pela força aérea israelense”, informou Rahman.
 
Enquanto isso, o enviado especial das Nações Unidas para a Síria apelou a Israel que suspenda as movimentações militares na Síria, apos terem sido reportados pelo menos 300 ataques aéreos.
 
As forças de Israel reforçaram a presença militar nos montes Golã na fronteira com a Síria e garantiu ter tomado uma zona tampão nessa região, violando um acordo com mais de 50 anos.
 
O Egito condenou o prolongamento da ocupação de parte do território sírio por Israel e indicou o aproveitamento da situação de instabilidade em que vive no país. “A deslocação de militares para a zona tampão é uma tentativa de forçar uma nova realidade no terreno”, afirmou o Ministério das Relações Exteriores egípcio.
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