Combate ao crime
Mulheres fazem protesto na orla e pedem fim da violência doméstica e familiar
Evento aconteceu na manhã deste domingo (10), em Boa Viagem, na Zona Sul do Recife
Por: Marcílio Albuquerque
Publicado em: 10/12/2023 11:47 | Atualizado em: 10/12/2023 12:15
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Evento reuniu mulheres para gritar contra a violência (Foto: Romulo Chico/DP) |
Pernambuco já registrou mais de 45 mil casos de violência doméstica e familiar contra mulheres, em 2023.
Os números também assinalam um salto médio de 30%, em comparação ao mesmo período do ano passado.
Para chamar a atenção para o problema, um evento, neste domingo (10), tomou conta da orla de Boa Viagem, na Zona Sul do Recife.
A sexta edição da Caminhada pelo Fim da Violência Contra Mulheres e Meninas partiu da tradicional pracinha do bairro e uniu vozes com pedestres, banhistas, ciclistas e condutores.
O clamor era por paz e ações mais efetivas do poder público, coibindo a impunidade.
O registro de denúncias ainda é considerado subnotificado, reunindo crimes como homicídios, latrocínios, feminicídios e lesões corporais seguidas de morte.
A esteticista Ozani Maria, de 54 anos, moradora de Abreu e Lima, participou do movimento.
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Manifestantes levaram cartazes para orla (Foto: Romulo Chico/DP) |
“Queremos o direito a uma vida livre, o respeito aos nossos corpos e o entendimento de que a mulher pode ocupar todos os espaços da sociedade”, afirmou.
O sentimento também foi compartilhado pela vendedora Ludmila Martins, 29. “Hoje, ainda vivemos em uma sociedade machista, onde homens acham que são donos das companheiras e alimentam relacionamentos abusivos. Precisamos dar um basta”, desabafou.
No percurso, trios elétricos com grupos e cantores se revezaram para animar o público, ao som de diversos ritmos.
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Mulheres exigiram fim da violência de gênero (Foto: Romulo Chico/DP) |
Os microfones também foram usados para transmitir mensagens de conscientização, destacando a necessidade de punições aos agressores.
“Não somos contra os homens, mas sim a favor das mulheres. A violência é um mal que ceifa vidas, destrói sonhos e causa dor para todo o ciclo de convivência. É preciso falar de maneira firme, lutar e buscar soluções”, disse Claudia Molinna, que integra a coordenação do grupo Mulheres do Brasil, que promoveu o encontro.
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