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'Minions 2: A origem de Gru' mostra o projeto de vilão desde criancinha

Publicado em: 30/06/2022 16:00

 (foto: Universal/divulgação)
foto: Universal/divulgação
Depois de quase cinco anos desde a virada na vida de Gru em “Meu malvado favorito 3”, a nova aventura do estúdio Illumination, impulsionada pelo veterano produtor Chris Meledandri, desenterra um colorido passado para o suavemente mal-humorado protagonista. A premissa setentista move “Minions 2: A origem de Gru”, que estreia nesta quinta-feira (30) nos cinemas de BH.

Aos 11 anos, Gru, ainda na versão pivetinho, travará o primeiro contato com as “batatinhas de macacão”, ou seja, os minions. Nos bancos da escola, enquanto colegas de classe são encorajados a serem médicos, Gru revela a vontade de ser “supervilão”. A senha para chegar lá é verbalizada por “you're no good”, frase que deve ser dita antes de uma entrevista (secreta) para Gru suprir a vaga em aberto do mafioso grupo Sexteto Sinistro.

Trilha é quase personagem de 'Minions 2'
 
“You're no good”, por sinal, é uma das canções, ao lado dos sucessos “Born to be alive”, “Keep it comin'love” e “Goodbye to love”, que integram a ótima trilha assinada pelo produtor Jack Anttonoff. Os elementos musicais são tantos a ponto de incluir tortura (a partir de canções), mensagens cifradas em discos executados ao contrário e segredos em cabines sonoras de departamentos de vendas.

Malvado envelhecido, Willy Kobra sofre sabotagem da chamada “próxima geração” dos colegas vilões e se torna mais do que ídolo para Gru. Há peso no enredo para situações de descarte profissional e demissão, prontamente criticadas pelo roteiro.

No filme comandado por Kyle Balda e codirigido por Brad Ableson (“Os Simpsons”) e Jonathan del Val (“Pets: A vida secreta dos bichos”), a idolatria é um dos agentes motores. A displicente mãe de Gru deposita todas as fichas na admiração desmedida por um novo guru, enquadrado em comportamentos dos anos 1970.

Tratados por Gru como miniparentes, os ingênuos e despreparados minions conseguem fazer graça até mesmo em falso coro fúnebre. No começo da trama, eles surgem em forma de exército, como paramentados lutadores dourados.

Mais adiante, os amarelados aprendem kung fu, depois de instruídos pela exigente mestra que desperta a “fera interior” de cada um. Mas o filme perde muito da graça quando minions se transmutam em frango, bode e galinha.
 
Serzinhos amarelos aprontam em São Francisco
 
Vistos como capangas, minions como Stuart, Kevin e Bob tentam, a todo custo, comprovar a lealdade suprema ao mestre Gru. Os ajudantes acumulam pequenos desastres e trapalhadas na jornada para livrar a cara do Minichefe. A maior parte da ação se concentra em São Francisco.

Folheando de última hora um manual de voo, a endiabrada versão de minions que tripula, sem perícia, a viagem aérea até São Francisco rouba a cena, ao som de uma valsa de Strauss. Na base da subversão, um piloto dorme (diante da facilidade do piloto automático), outro tem enjoos devido a efeitos da gravidade e o terceiro manda amendoim para os passageiros.
 
Aliado do trio de minions, o confuso Otto carrega uma joia (a famosa Pedra do Zodíaco) que desperta o quinteto de contraventores liderado por Donna Disco, que traz os criminosos Irmã Chaco, Punho de Aço, Svengança e Jean Garra.

Pouco a pouco, as leves traquinagens de Gru, que incluem consumo de sorvete em frente a esforçados malhadores de academia, se intensificam. Fica a dúvida: ele vai completar o ciclo que o posicionará como um tremendo expoente do mal?
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