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MÚSICA

Detonautas relembra principais hits no Festival Rock'n'Hall

Fresno, CPM22, Dead Fish, Detonautas e Di Ferrero também embalam noite de rock no Classic Hall

Publicado em: 02/11/2024 06:00 | Atualizado em: 02/11/2024 02:20

 (Foto: Divulgação)
Foto: Divulgação


Neste sábado, o Classic Hall, em Olinda, vai vibrar ao som de bandas icônicas que deixaram sua marca no rock nacional. Em sua nova edição, o Festival Rock'n'Hall agita a partir das 20h, com cinco atrações renomadas do gênero, que prometem apresentações recheadas de clássicos. O lineup deste ano inclui Fresno, CPM22, Dead Fish e Di Ferrero. Contudo, nenhum outro nome evoca um passado e memórias tão profundas em Pernambuco quanto o Detonautas, que retorna ao estado depois de sua participação na última edição do festival.


Em janeiro de 2004, o Detonautas se apresentou no Festival de Verão do Recife, realizado no Classic Hall. Ao lado de Nação Zumbi, Cordel do Fogo Encantado, Mundo Livre S/A e outras bandas, Tico Santa Cruz (vocal), Rodrigo Netto (guitarra rítmica), Renato Rocha (guitarra solo), Tchello (baixo), Fábio Brasil (bateria) e DJ Cléston (pick-ups e percussão) evidenciaram o potencial do Detonautas, que se preparava para lançar seu álbum de estreia, Detonautas Roque Clube.


O disco, considerado um dos melhores da banda, ainda é amplamente escutado, com milhares de reproduções nas plataformas de streaming. Em uma viagem nostálgica, o Detonautas relembrará hits consagrados do projeto homônimo, como 'Olhos Certos', 'Quando o Sol Se For' e 'Outro Lugar', no Classic Hall. O Viver conversou com Tico Santa Cruz sobre as expectativas para esse reencontro com o público pernambucano.


Entrevista - Tico Santa Cruz (vocalista do Detonautas)

 

O primeiro álbum do Detonautas completa 20 anos em grande estilo. O que

motivou a decisão de fazer uma viagem no tempo com a turnê acústica?

Em 2010, lançamos um álbum acústico que acabou não indo para a estrada. Ao longo dos anos atingimos excelentes resultados com esses streamings, batendo mais de 300 milhões de plays, e, com isso, entendemos a necessidade de levar essa turnê para a estrada e deu super certo. Inclusive, em primeira mão, adianto que temos previsão de ir com essa turnê inédita e acústica ano que vem para Recife, que é uma cidade importante na nossa história.


Como é para a banda brindar o público com a turnê do elétrico?

A turnê do elétrico é uma turnê que nunca parou. A diferença de uma turnê para a outra é o repertório que vai se alterando, o conceito visual e, obviamente, a forma de conduzir o show. É sempre muito divertido e funciona bem. O show que a gente vai apresentar em Recife, no sábado, é o elétrico, que dura cerca de uma hora e com os grandes hits do Detonautas.


A banda sempre teve Pernambuco como um destino recorrente, incluindo o Festival de Verão do Recife em 2004, também realizado no Classic Hall. O que você espera dessa celebração com os pernambucanos?

A história dos Detonautas com Recife é uma história de reconquista, na verdade. Fizemos, em 2004, o Festival de Verão. Entramos às 5 horas da manhã, depois do Charlie Brown Jr. ter feito o caos, no bom sentido. Foi uma experiência bastante traumática pra gente, porque acabamos encontrando um público cansado depois de se divertir muito no show do Charlie Brown Jr., e demoramos pra recuperar essa relação com Recife. Estivemos outras vezes na cidade, mas, sem dúvida nenhuma, no ano passado, quando tocamos no Rock'n'Hall, no Classic Hall, nos reconectamos. Fechamos o festival bem tarde, mas com todo o público presente. Essa edição vai ser uma grande oportunidade de estreitar ainda mais essa nossa relação com o Recife.


Ao longo dos últimos 20 anos, o Detonautas passou por diversas fases do rock. Você acredita que o gênero está vivenciando um de seus melhores momentos atualmente?

A geração dos anos 2000, geração do Detonautas, CPM22, Fresno, NX Zero, Pitty, é uma geração que está colhendo os frutos de ter sobrevivido nestas tantas fases do rock. As pessoas também se tornaram economicamente mais ativas, porque eram adolescentes na época e não tinham recursos para ir aos shows, mas agora conseguem. Estamos tendo turnês nostálgicas importantes, como a do Titãs, NX Zero, Forfun, então acho que fortaleceu muito o gênero. O que precisa ainda, na minha opinião, para complementar e viver uma fase ainda melhor, é que bandas novas tenham espaço e reconhecimento no meio desse revival, para poder oxigenar a cena e estreitar o diálogo com a geração atual de adolescentes. Mas, sem dúvida nenhuma, é um excelente momento para o rock.


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