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Por conta do isolamento, flautistas fazem festival através das redes sociais

Publicado em: 20/03/2020 14:13

 (Fotos: Divulgação)
Fotos: Divulgação

Muitos artistas têm encontrado nas redes sociais uma forma de se manter conectados com o público durante o período de isolamento social. São shows em diversos gêneros, públicos e plataformas: mesmo sendo um dos setores mais afetados pela crise do coronavírus, a cultura continua encontrando formas de fazer parte do nosso dia-a-dia. Foi a partir dessas ideias, que um grupo flautistas se reuniram para o Festival Flautistas em Quarentena. O festival será realizado neste sábado às 19h, transmitido ao vivo no perfil do Instagram @cesar_michiles. 
 
Com articulação do músico e produtor cultural Cesar Michiles, a apresentação contará com oito flautistas convidados, tocando ritmos diversos no instrumento. “A gente precisa fazer esse movimento nesse momento em que estamos reclusos, agregando alegria pras pessoas. Tem muita gente muito amedrontada com o que tá acontecendo e a gente que é artista precisa transmutar essa energia densa em leveza”, conta o músico. Entre os artistas que se apresentam, além de Cesar, estão Alexandre Rodrigues, Carlos Malta, Celso Woltzenlogel, Dirceu Leite, Henrique Albino, Ingrid Guerra e Sergio Morais.
 
A apresentação também vem em um momento difícil não só para o público recluso e impedido de frequentar eventos, mas para os próprios profissionais da cultura, que tiveram suas apresentações adiadas e serão bastante afetados pelos dias sem programação. “O principal impacto é financeiro. Nós somos autônomos, então temos que estar tocando sempre pra levar o que nos sustenta para as nossas famílias. Não temos noção das proporções, mas temos que criar alternativas, e uma das que vejo hoje é essa da internet”. O músico também ressalta que não só os músicos são afetados com a proibição dos shows, mas toda uma cadeia de serviços, como alimentação e bebidas, muitas vezes feita através do trabalho dos ambulantes. 
 
O repertório da apresentação será bem variado, pautado nos gostos do público e dos músicos sendo escolhido de forma bem espontânea.  “Cada um toca seu estilo. Serginho, por exemplo, toca mais chorinho, o meu além do chorinho é o frevo, tem flautistas de formação clássica como Ingrid. Então, não tem repertório definido, vamos tocando o que der na hora, de forma bem livre”, completa.
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