TV Ritinha de A Força do Querer, Isis Valverde lançará livro com referências ao acidente de carro 'Essas coisas que ela faz me deixam brava com ela. Eu acho que a Ritinha é uma sereia', confessa atriz sobre personagem

Por: Luiza Maia - Diario de Pernambuco

Publicado em: 17/10/2017 18:45 Atualizado em: 17/10/2017 18:11

Desesperada após perda do filho, Ritinha criou campanha na web. Foto: Fábio Rocha/Globo
Desesperada após perda do filho, Ritinha criou campanha na web. Foto: Fábio Rocha/Globo


Rio de Janeiro - Bígama, mentirosa, egocêntrica. Apesar do jeitinho meigo, a personagem Ritinha, interpretada por Isis Valverde na A força do querer, novela responsável por resgatar a lua de mel entre os telespectadores e os folhetins globais, transita entre o carisma e a vilania. Nos últimos episódios, a sereia paraense, terra natal da autora Gloria Perez, tem colhido os amargos resultados de atitudes desenfreadas tomadas sem considerar o próximo: perdeu a guarda do filho e foi pivô do tiro dado no mocinho Zeca pelo playboy Ruy.

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"As sereias são manipuladoras. Estudei muito. Faço um trabalho, antes de cada personagem, sobre a psiquê do personagem. Levantei quem era a Ritinha, como reagiria a isso ou aquilo e converso muito com Gloria, que é uma pessoa monstra, incrível, maravilhosa, que está escrevendo uma novela sozinha", diz Isis, que superou o medo de onda por Ritinha. A atriz de 30 anos, que despontou com Ana do Véu, de Sinhá moça (2006), prepara livro com contos, poemas e referências ao grave acidente de carro sofrido em 2014.

* A jornalista viajou a convite da Globo

Entrevista // Isis Valverde

Ritinha chega a ser uma vilã?
Ela mente, mas não é igual a Irene. Ela mentiu para não se prejudicar, não para ferrar a amiga. Ela jogou a Marilda para a mãe bater na Marilda, não nela. Essas coisas que ela faz me deixam brava com ela. Eu acho que a Ritinha é uma sereia. É um personagem que vai pela natureza dela. Se você não estudar, se importar com o outro, desenvolver afeto, empatia, se não aprender a conviver me sociedade, se literalmente for pelo seu impulso... Já pensou nisso? Você destrói sua vida em um dia. Ela não entende lei, nada. Costumo dizer que é o fantástico mundo de Ritinha.

Ela entende o que é ser bígama?
Ela entende que as pessoas não aceitam, mas não o motivo. Se não está dormindo com os dois, por que as pessoas brigam por ter casado no papel com uma pessoa? Para ela, o povo é louco. Só que ela gosta do Zeca. A emoção vai vindo e ela não sabe travar. Se tem vontade de ir até você e dar um beijo na boca, vai.  

Com o que você se identifica na personagem?
Queria ter mais, mas acho que a alegria de estar viva. Sofri uma situação muito forte [o acidente], poderia não estar aqui. Quando você passa por uma situação assim, tem visão da vida como um presente. É lindo de ver como ela vive, floresce. Todos os dias na novela, quando você vê, ela está iluminada, viva, pulsando. 

Como está o seu livro?
Pronto. Quem ia fazer o prefácio era Jorge Bastos Moreno (falecido em junho), a gente estava guardando essa história. Até mesmo ele ter ido embora me deixou com mais vontade de lançar, porque era a pessoa que mais me apoiava. Ele queria fazer o prefácio, então leu textos meus. E o prefácio vai ficar vazio. Vou escrever uma coisa, mas não quero que ninguém escreva, porque era dele. É um livro de contos poéticos, poesias pequenas, muito pessoal. Escrevo desde os 20 anos, são textos antigos até hoje. Será lançado no ano que vem. tem textos bonitos sobre as passagens, as pessoas que passaram pela minha vida, as situações. Foi doloroso, chorei, me emocionei, mas ao mesmo tempo teve textos que eu comecei a rir, que eram de amor, superação, divagações também. Eu acho que está bem bonito.

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