Artes visuais Artista pernambucano Paulo Bruscky é convidado para a Bienal de Veneza Evento é um dos mais tradicionais do mundo no segmento e acontece entre os dias 13 de maio e 26 de novembro na Itália

Por: Isabelle Barros

Publicado em: 07/02/2017 14:35 Atualizado em:

Artista visual está com exposição em cartaz na Caixa Cultural. Crédito: Nando Chiappetta/DP
Artista visual está com exposição em cartaz na Caixa Cultural. Crédito: Nando Chiappetta/DP

O artista visual pernambucano Paulo Bruscky foi um dos quatro brasileiros escolhidos pela curadora da Bienal de Veneza, Christine Macel, para fazer parte do evento, um dos mais importantes do mundo. Os outros três brasileiros convidados são Ayrson Heráclito, Erika Versutti e Ernesto Neto, que já fez parte da Bienal em 2001. A mineira Cinthia Marcelle, que já expôs no Recife, vai ocupar sozinha o pavilhão brasileiro no evento. No total, 85 países terão suas representações nacionais e vão ocupar um outro pavilhão, o Giardini.

Paulo vai fazer parte da mostra Viva Arte Viva, que acontecerá entre 13 de maio e 26 de novembro deste ano. O artista pernambucano conta quase 50 anos de carreira e é um dos expoentes no Brasil nos mais diferentes suportes: xeroarte, arte-correio, performance, poesia visual, poesia sonora. A experimentação e a liberdade de criação sempre nortearam sua trajetória, que começou a ter reconhecimento nacional e internacional a partir dos anos 2000, quando ele participou da Bienal de São Paulo e tem obras no acervo de museus prestigiados no exterior, como o MoMA, em Nova Iorque, e a Tate Modern, em Londres.

Atualmente, o público pode ver o trabalho do artista na exposição Palarva - poesia visual e sonora de Paulo Bruscky em cartaz até o próximo domingo, 12 de fevereiro, na Caixa Cultural. Em entrevista ao Diario de Pernambuco na ocasião da abertura da mostra, Bruscky falou sobre o que move seu trabalho. “É mais importante saber ver do que fazer. A gente tem de ter os olhos livres e a vontade de ver o que não interessa aos olhos de uma sociedade. Quando as pessoas aprendem a ver, os artistas perdem a função. E, ainda bem, porque isso consome muito a gente. É uma coisa intensa e é a minha vida. A arte não precisa necessariamente existir de forma material, ela fica gravada em sua mente. Tudo é efêmero, por que a arte não pode vir a ser?”.

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