Animação é imprópria para menores de 16 anos. Foto: Divulgação

Comidas que falam, fumam maconha e fazem sexo são as personagens de Festa da salsicha, animação direcionada para o público adulto em cartaz nos cinemas a partir de hoje. O comediante Seth Rogen (A entrevista, É o fim) é um dos roteiristas. Ele também faz a voz de um dos alimentos, ao lado do elenco formado por atores como Michael Cera, Kristen Wiig, Edward Norton, Salma Hayek, Jonah Hill e James Franco, mas a versão dublada em português foi assumida por Gregório Duvivier, Fábio Porchat e integrantes do coletivo Porta dos Fundos.

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Um humor assumidamente sem noção conduz o filme do início ao fim. Desde as primeiras cenas, o público aguarda o prometido momento em que a salsicha macho protagonista literalmente penetrará nas cavidades de um pão fêmea. A sugestão de erotismo é crescente até atingir uma apoteose em forma de sexo grupal. Por causa desse tipo de cena, na classificação indicativa do Brasil, o longa-metragem não é recomendado para menores de 16 anos.

De todos os filmes lançados nos últimos anos, Festa da salsicha é um dos que tem mais palavrões. Boa parte das piadas é baseada no uso de expressões chulas. É inusitado ouvir esse tipo de linguagem de baixo nível em uma computação gráfica tridimensional, a técnica mais usada nas animações infantis. 

As comidas acreditam que os seres humanos são deuses. Quando uma mostarda é devolvida para o supermercado por um cliente, todos se desesperam ao descobrirem que na verdade serão assassinados (fatiados, fritos, assados, cozinhados e mastigados) e engolidos pelas pessoas. Na lógica absurda da trama, mesmo uma carne (feita de animais mortos) age como se tivesse vida, assim como um papel higiênico, cujo cotidiano não é dos mais invejáveis. Um dos personagems é um preservativo recém-usado e há também um cocô-zumbi.