Música Orquestra de Lisboa faz show com instrumentos de brinquedo Orquestra dos Brinquedos de Lisboa explora o repertório de forma cômica e colorida

Por: Augusto Freitas

Publicado em: 10/08/2016 19:23 Atualizado em: 11/08/2016 18:56

Orquestra conta com 18 músicos e na turnê brasileira tem o reforço de profissionais pernambucanos. Foto: Clicsboa/Divulgação
Orquestra conta com 18 músicos e na turnê brasileira tem o reforço de profissionais pernambucanos. Foto: Clicsboa/Divulgação


O centenário Teatro Santa Isabel receberá um espetáculo diferente no próximo mês de setembro. A Orquestra dos Brinquedos de Lisboa, que iniciou apresentações no Brasil neste mês, estará em cartaz na agenda do equipamento cultural para três exibições, nos dias 7, 8 e 9 de setembro. A vinda ao Recife faz parte de numa maratona de mais de 20 apresentações no Brasil.

De acordo com o maestro e diretor artístico e pedagógico da orquestra, Miguel Pernes, a apresentação do dia 7, feriado do Dia da Independência, será aberta ao público, mas os preços dos ingressos ainda não foram divulgados. No dia 8, haverá exibições fechadas para escolas do Recife. A programação do último dia, 9, ainda não está definida.

A Orquestra dos Brinquedos de Lisboa é um projeto experimental criado em 2014 pela Foco Musical, uma organização portuguesa voltada para o domínio da pedagogia musical. Ao todo, possui 21 músicos, mas durante a turnê brasileira as apresentações têm sido feitas com 18 artistas e professores de expressão musical. A ideia é promover um espetáculo colorido e divertido resgatando a música erudita de forma lúdica e cômica.

Entre os integrantes do grupo estão os pernambucanos Lucas de Santana (2ª escaleta e flauta doce de plástico) e Nelson Brederode  (2ª escaleta e ukelele), que, juntos com Carla Ruaro (1ª escaleta), de Porto Alegre (RS), formam o trio de artistas brasileiros convidados para a turnê. "Desde que o projeto experimental foi criado temos tido a oportunidade de descobrir diferenças tímbricas através da mudança de paradigma ao mostrar a história da música com instrumentos brincantes", explicou Miguel Pernes.

Segundo o maestro, cada concerto tem duração média de 1h20 e é dividido em duas partes. Na primeira, são exploradas as fontes sonoras não convencionais e que, como qualquer objeto, fazem som quando postos em vibração, seja por concussão, raspagem, fricção, agitação ou deslocamento de ar. A segunda traz um espetáculo satírico cujo repertório orquestral é interpretado em instrumento de plástico e outros brinquedos numa viagem pela música tonal. Os músicos com seus peculiares instrumentos executam obras do compositor português Jorge Salgueiro, Tchaikovsky, Beethoven, Mozart, Bach e Monteverdi.

Pernes ressaltou que o retorno que os professores da Foco Musical e músicos da Orquestra dos Brinquedos de Lisboa têm tido nas experiências partilhadas com os seus alunos conduzem à conclusão de que o timbre cômico dos brinquedos tem tendência a gerar interesse para conhecer as versões originais das obras apresentadas, um bom pretexto para pequenas conversas sobre os grandes compositores da história da música ocidental. "Há uma troca de conhecimento e, embora de forma lúdica, a história da música é retratada de forma que as pessoas possam descobrir novas sonoridades", completa.  



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