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Samba Viviane Araújo celebra Pombajira na Sapucaí e rebate preconceito: Já basta Rainha de bateria do Salgueiro presta homenagem a Maria Padilha e repreende intolerância religiosa manifestada em comentários do Facebook

Por: Bossuet Alvim - Portal Uai

Publicado em: 26/01/2016 21:28 Atualizado em: 26/01/2016 20:10

"Sua opinião ofensiva não mudará em nadinha", disparou Vivi. Foto: Facebook/Reprodução
"Sua opinião ofensiva não mudará em nadinha", disparou Vivi. Foto: Facebook/Reprodução


Viviane Araújo foi estrela incontestável no ensaio técnico do Salgueiro nesta segunda-feira, 25. A modelo e atriz é rainha de bateria da escola carioca, que neste ano traz enredo sobre a Ópera do malandro, prestando homenagem a Zé Pelintra e outras entidades de religiões afro-brasileiras. Com suas curvas exuberantes e samba impecável, Viviane foi incumbida de representar, na avenida, Maria Padilha — a mais celebrada entre as Pombajiras, representantes do feminino no espiritismo.

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O tributo, contudo, não foi bem recebido por todos. Nas redes sociais, uma série de comentários preconceituosos culminou em desabafo da musa, publicado nesta terça-feira, 26. O texto, assinado por uma religiosa de matriz africana, foi reproduzido na página oficial de Vivi, subscrito pela própria.

"Se você não curte carnaval, pessoas que frequentam centros espíritas, reuniões ou qualquer coisa do tipo, saiba que a sua opinião ofensiva não mudará em nadinha a quem já frequenta esses centros religiosos ou curte essa época do ano", observa a autora, Beatriz Barbosa.

Viviane ainda usou o texto para posicionar-se em relação à discriminação contra as religiões afro. "O mal das pessoas é achar que fora das igrejas, dos templos ou qualquer recinto que você pratique a sua fé, não tem Deus. É por isso que ainda há muita intolerância religiosa por aqui, não é discriminação, é ignorância. Posta textos gigantescos pra terceiros e não tem a capacidade de ler um artigo para adquirir sabedoria? Desculpa mas não consigo lidar com isso", repreende o desabafo.

No Brasil, o candomblé, a umbanda e outras religiões de raiz africana aliam ícones do continente às manifestações locais de fé, a exemplo dos espíritos cultuados pelas populações indígenas. No senso comum, por muitos anos, estas religiões foram equivocadamente associadas a práticas negativas ou maldosas, resumidas como "macumba". Por isso, ainda hoje, elementos da espiritualidade afro-brasileira são rejeitados por parte da população que desconhece os preceitos religiosos.

Já basta! Sim, quero começar meu desabafo com já basta. Se você não curte carnaval,pessoas que frequentam centros espí...

Publicado por Viviane Araújo em Terça, 26 de janeiro de 2016


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