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JUSTIÇA

Justiça determina penhora de escritório de Joelma no Recife por dívida trabalhista de R$ 1,2 milhão

A ação foi movida por um ex-empresário da banda Calypso

Publicado em: 02/05/2025 16:40 | Atualizado em: 02/05/2025 20:19

Escritório da cantora fica no Recife (Foto: Divulgação)
Escritório da cantora fica no Recife (Foto: Divulgação)
A Justiça do Trabalho em Pernambuco determinou a penhora de um escritório da cantora Joelma por causa de dívidas trabalhistas de R$ 1,2 milhão. O espaço fica localizado em um prédio na Ilha do Retiro, área central do Recife, por trás do estádio do Sport Club Recife. O processo foi movido por um ex-empresário da banda Calypso, formada em conjunto com Ximbinha.

A decisão foi proferida pelo juiz Gustavo Augusto Pires de Oliveira, da 11ª Vara do Trabalho do Recife. O ex-empresário da banda Fábio Henrique Izaías de Macedo alegou que não teve sua carteira de trabalho assinada durante o período em que prestou serviços ao grupo, em 2018. Ele atuava na venda de shows da banda.

A defesa da cantora argumentou que o ex-empresário só prestava os serviços mediante pagamento de comissão e que não tinha vínculo trabalhista. O método seria praticado, inclusive, com outras bandas. Porém, a Justiça do Trabalho entendeu que o homem "agia como funcionário da empresa, e não apenas como vendedor de shows".%u200B

No ano de 2021, antes mesmo da banda pagar o valor inicial da multa de R$ 250 mil, a Justiça elevou a quantia para R$ 843.824,91.

O mesmo juiz já havia determinado, em março de 2024, a apreensão do passaporte da cantora por parte da Polícia Federal. Na época, ele alegou que Joelma escondia patrimônio para evitar pagar a dívida trabalhista. “A conduta da executada Joelma da Silva Mendes revela total descompromisso com a cooperação e o manifesto intuito de obstaculizar os meios executórios impostos em seu desfavor, escondendo-se do Poder Judiciário ao tempo em que segue ostentando padrão elevado de vida decorrente da sua fama”, diz a decisão.

Posteriormente, a desembargadora Maria Clara Saboya Bernardino, do Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região, permitiu que a artista renovasse o passaporte, frisando que a decisão foi “desproporcional e desnecessária”.

A defesa da artista informou que Joelma já cumpriu todas as obrigações judiciais e que quitou sua parte das indenizações, mas que Ximbinha "reiteradamente não cumpre com os seus deveres judiciais, ocasionando medidas judiciais que acabam, erroneamente, repercutindo sobre o patrimônio de Joelma".

O Diario de Pernambuco tentou entrar em contato com a defesa de Ximbinha, mas não obteve retorno até a publicação desta matéria.


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