Museu Diretor rebate boatos sobre fechamento do Paço do Frevo: a prefeitura não nos deve Contrato de administração do espaço venceu em novembro e os funcionários estão de aviso prévio

Por: Luiza Maia - Diario de Pernambuco

Publicado em: 17/12/2015 12:45 Atualizado em: 17/12/2015 16:03

Museu dedicado ao gênero centenário pernambucano foi inaugurado em fevereiro de 2014. Foto: Helder Tavares/DP/D.A.Press (Museu dedicado ao gênero centenário pernambucano foi inaugurado em fevereiro de 2014. Foto: Helder Tavares/DP/D.A.Press)
Museu dedicado ao gênero centenário pernambucano foi inaugurado em fevereiro de 2014. Foto: Helder Tavares/DP/D.A.Press

Após o recrudescimento dos boatos sobre o fechamento do Paço do Frevo, Ricardo Piquet, diretor executivo do Instituto de Desenvolvimento e Gestão, responsável pela administração do museu, nega, mais uma vez, a interrupção iminente do contrato com a Prefeitura do Recife. A instituição, uma Organização Social, sem fins lucrativos, reforça o interesse na renovação, assim como a gestão municipal, e desmente os rumores de atrasos nos salários dos funcionários, de aviso prévio desde o início de dezembro.

Prefeitura nega fechamento do Paço do Frevo

Assinado em novembro de 2013, após licitação, o contrato tem duração de dois anos, renováveis por mais dois. Em 14 de novembro de 2015, o primeiro foi aditado por mais 45 dias. As negociações para a assinatura do novo acordo ainda não foram concluídas. "A prefeitura não nos deve. Existe um saldo, de junho, que não foi quitado, mas deve ser nesta semana. Existe um repasse previsto para o fm do mês que cobre as despesas do primeiro semestre do ano que vem", insiste Ricardo Piquet. O IDG é responsável também pela administração do Museu do Amanhã, inaugurado nesta quinta-feira, no Rio de Janeiro.

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Do R$ 1,7 milhão que deveria ter sido repassado no meio do ano, foram pagos R$ 850 mil, em junho, e R$ 425, em dezembro. O Instituto de Desenvolvimento e Gestão espera que os R$ 425 mil restantes sejam quitados até o fim do ano, assim como a parcela de R$ 1,7 milhão referente ao primeiro semestre de 2016.

Piquet ainda nega a readequação dos custos devido a atrasos. Na verdade, o repasse anual, de R$ 4,5 milhões em 2014, seria reduzido para R$ 4 milhões, valor que sofreu uma nova queda, para R$ 3,4 milhões. Os pagamentos (de R$ 1,7 milhão) são feitos em dezembro e junho, antes do início dos semestres.

No próximo ano, os patrocínios de empresas privadas devem subir. Neste ano, o Paço do Frevo conseguiu captar R$ 410 mil, mas um projeto de R$ 1,2 milhão foi aprovado na Lei Rouanet. "Nossa previsão é de R$ 1 milhão de patrocínio para 2016. Isso possibilita intensificar e realizar mais eventos, produções culturais", acredita Piquet. Bilheteria e locações de espaços para eventos são outras fontes de recursos para a manutenção.

Os boatos de fechamento do museu dedicado ao ritmo centenário pernambucano surgiram a partir do aviso prévio dado aos 50 funcionários do Paço do Frevo no início do mês, medida administrativa tomada enquanto o contrato não é assinado. O horário de funcionamento também foi reduzido em uma hora (o museu fecha às 17h, em vez de 18h, como antes).

"São cuidados que temos que tomar. Nós somos responsáveis pela questão do passivo trabalhista. Enquanto o aviso prévio está correndo, as soluções tendem a ser equacionadas. O prefeito (Geraldo Julio) diz que esse é um projeto prioritário. O IDG tem todo interesse de continuar fazendo. Eu sou entusiasta pessoal do projeto", reitera.

O museu inaugurou em 2014, no Dia do Frevo (9 de fevereiro), já sob administração do IDG, e está aberto para visitação diariamente. O Paço do Frevo funciona de terça a sexta, das 9h às 17h, e aos sábados e domingos, das 14h às 18h. Os ingressos custam R$ 8 e R$ 4 (meia).

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