Televisão "Pernambuco é uma gangue", brinca Daniel de Oliveira, em entrevista sobre Amorteamo Ator interpretará um morto-vivo na série que estreia no dia 8 de maio, na TV Globo

Por: Fernanda Guerra - Diario de Pernambuco

Publicado em: 03/05/2015 15:11 Atualizado em: 03/05/2015 21:07

Foto: TV Globo/Divulgação (Foto: TV Globo/Divulgação)
Foto: TV Globo/Divulgação
Rio de Janeiro - A série Amorteamo é quase uma exceção no momento atual de Daniel de Oliveira. Aos 37 anos, o ator prioriza projetos cinematográficos. Até o fim do ano, estará em quatro longas-metragens: Estrada 47 (7 de maio), Sangue azul (em junho), Órfãos do Eldorado e Romance policial. O seriado da TV Globo, que estreia nesta sexta-feira, é mais uma conexão do mineiro com Pernambuco. Com cinco capítulos, a série se passa em um Recife assombrado do começo do século 20 e reúne pernambucanos no projeto, como os diretores Guel Arraes e Flávia Lacerda, o roteirista Newton Moreno, os atores Aramis Trindade, Lívia Falcão, Bruno Garcia, Gheusa Sena e a produção musical de Juliano Holanda com João Falcão.

Daniel de Oliveira interpreta o primeiro morto-vivo da trajetória. “Chico” faz parte de um triângulo amoroso da produção, cuja estreia ocorre na sexta-feira. “Eu não tenho vaidade de coisa física. Pra mim, é muito bom mudar”, expõe o ator, em relação à caracterização, que conta com maquiagem no rosto e nas mãos e aplique no cabelo. Em entrevista ao Viver, ele comenta o trabalho na série.

- A repórter viajou a convite da TV Globo.

entrevista >> Daniel Oliveira

Como é a experiência de interpretar um morto-vivo em Amorteamo?
É massa esse universo. Para o ator, é muito bom. Eu tinha feito um morto em O rebu, mas não desse jeito. Morria também no primeiro capítulo, mas só voltava no flashback. Esse volta morto-vivo. Ele morre no momento de prazer absoluto (risos). Ele faz um filho, mas toma aquele tiro pelas costas e volta para aterrorizar o marido traído, Aragão (Jackson Antunes). Volta por amor, mas muito por vingança. Para puxar a perna dele mesmo. Chico era um bon vivant e um Don Juan. A gente definiu que ele era “um ator” ali, no Recife. A segunda casa dele era o cabaré.

Foi fácil se adaptar ao sotaque?

Eu já botei um pé em Pernambuco. Eu filmei Sangue azul, de Lírio Ferreira, em Fernando de Noronha (estreia em junho). A gente ficou um mês e meio na ilha. Para a série, a gente teve ajuda fundamental de Lívia Falcão, que ajudou no sotaque. Lívia também fez a palhaça no filme. O Lírio é demais. Sangue azul é um filme lindo, incrível. Antes de ir para Noronha, eu fiquei cinco dias em Olinda. Foi quando conheci o Wartinho (Walter Calmon), um camarada lá do Porto, que tentou de tudo pra eu ir de barco, mas não teve jeito. Teve uma final de uma regata, e não tinha barco. E acabei indo de avião. Wartinho ficou meu amigão.

A série mostra um Recife mal-assombrado, soturno. Que referências você buscou?
Eu só li o livro Assombrações do Recife velho, de Gilberto Freyre. Lembrei muito da minha avó, Suzana Eva de Oliveira, que me contava muita história de terror lá em Pompéu, no interior de Minas, que tem muita história de assombração. São diferentes das do Nordeste, mas de uma certa forma elas se juntam. Minha avó me deu essas asas do terror. Ela sempre gostou muito. Eu não tenho medo de nada, nem superstição. Sempre vi com humor também. Até em relação à morte. A morte tem coisas engraçadas, apesar de tudo.

Você tem saudade de fazer novela?

Acho que O rebu já matou a saudade. Eram 36 capítulos só, mas com ritmo intenso de filmagens. Ficamos um mês na Argentina. Era do José Luiz Villamarim. A novela é de George Moura (roteirista pernambucano). Pernambuco é uma gangue mesmo, é um satélite mesmo na cabeça. (Risos)

Números


16 filme
15 trabalhos da televisão
7 novelas



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